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IPI faz Chery acelerar construção de fábrica em SP

Montadora pede prazo maior para se nacionalizar, assim ela ficará livre do novo imposto

Segundo o presidente da Chery International, Zhou Biren, a empresa está estudando alternativas para atingir o índice mínimo de nacionalização de 65% (Quatro Rodas)

Segundo o presidente da Chery International, Zhou Biren, a empresa está estudando alternativas para atingir o índice mínimo de nacionalização de 65% (Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2011 às 15h01.

São Paulo - A chinesa Chery anunciou que vai acelerar a implantação de sua fábrica em Jacareí (SP), após a medida do governo que elevou o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 30% para veículos fabricados fora do Mercosul.

Segundo o presidente da Chery International, Zhou Biren, a empresa está estudando alternativas para atingir o índice mínimo de nacionalização de 65%, que deixaria a montadora livre do novo IPI.

“Nós vamos operar de acordo com a exigência do governo brasileiro.Além disso, uma maior nacionalização reduz nossos custos. O custo é muito alto para transportar peças da China", declarou Biren.

Apesar de ter mostrado disposição em seguir as ordens do governo, Biren ressaltou que a Chery gostaria de obter um prazo maior das autoridades brasileiras para alcançar o índice estabelecido. “Não estamos fazendo apenas uma fábrica, mas sim um parque industrial. Nossa visão é de longo prazo”, afirmou.


Já o presidente da Chery Brasil, Luis Curi, declarou que vai se reunir na próxima quarta-feira, 26 de outubro, com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para “negociar ajustes” na medida. Curi revelou que outras importadoras de veículos também vão participar do encontro.

Curi afirmou que um prazo de três a quatro anos seria o ideal para alcançar a meta de 65%. O executivo fez questão de ressaltar que a Chery já possui a licença prévia para a fábrica, e a licença de instalação deverá sair dentro de um mês. Atualmente, o aumento do IPI, que estava em vigor desde o dia 16 de setembro, encontra-se suspenso por determinação do STF (Superior Tribunal Federal), anunciada na semana passada. Por enquanto, o novo IPI deve voltar a vigorar apenas daqui a quase 90 dias.

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