Ao mesmo tempo, investidores da Intel vêm se interessando mais pela falta de progresso da empresa no segmento de aparelhos móveis (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2012 às 17h28.
Luxemburgo - Reguladores antitruste da União Europeia basearam-se em evidências "profundamente inadequadas" em seu processo contra a Intel, disse a fabricante de chips norte-americana em corte nesta terça-feira, numa tentativa de evitar uma multa de 1,06 bilhão de euros (1,33 bilhão de dólares).
A Comissão Europeia penalizou a maior fabricante de chips do mundo três anos atrás por dificultar as operações da arquirrival Advanced Micro Devices, após uma investigação de oito anos.
A multa, que representou 4,15 por cento do volume de negócios de 2008 da Intel, ante um total máximo de 10 por cento e foi a maior penalidade já imposta sobre uma empresa.
Um painel de cinco juízes na Corte Geral de Luxemburgo, o segundo mais alto tribunal da Europa, ouvirá argumentos tanto do regulador da UE e quanto da Intel durante a audição de quatro dias, durante os quais a empresa quer sua condenação e multa abandonadas ou reduzidas.
A Comissão não tinha evidências suficientes para provar quaisquer irregularidades na UE e dependeu demais em comentários subjetivos da parte de clientes da empresa, disse o advogado da Intel, Nicholas Green, à corte.
"A qualidade da evidência sobre a qual se apoiou a Comissão é profundamente inadequada. A análise é desesperadamente e irremediavelmente incompleta", disse.
"O caso da Comissão depende da compreensão subjetiva dos clientes", disse Green.