Trump e Krzanich: "A Intel está muito orgulhosa do fato que a maioria de nossa manufatura é aqui nos EUA, e a maioria da pesquisa e desenvolvimento é aqui" (Joshua Roberts/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 21h32.
Washington - O executivo-chefe da Intel, Brian Krzanich, anunciou nesta quarta-feira um investimento de US$ 7 bilhões que gerará 3.000 novos empregos no Arizona, logo após reunir-se com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.
Krzanich afirmou, em breves declarações junto a Trump no Salão Oval, que este investimento tenta "expandir" e fazer "crescer o negócio", e não trazer postos de trabalho atualmente no exterior.
"A Intel está muito orgulhosa do fato que a maioria de nossa manufatura é aqui nos EUA, e a maioria da pesquisa e desenvolvimento é aqui nos EUA, enquanto 80% do que vendemos é exportado pra fora dos EUA", disse Krzanich.
O investimento de US$ 7 bilhões será realizado em Chandler (Arizona), onde serão produzidos "os microchips dos computadores mais poderosos do mundo".
Segundo a Intel, maior fabricante global de processadores, a fábrica que estará operacional empregará 3.000 trabalhadores do setor da alta tecnologia diretamente e outros 10.000 indiretos.
Por sua parte, o presidente Trump qualificou este anúncio como "uma grande coisa para o Arizona".
"Estamos muito contentes e posso dizer que o povo do Arizona está muito contente", acrescentou o presidente.
O anúncio da Intel coincide com outros semelhantes realizados por grandes empresas como General Motors e Ford, que revelaram planos para reforçar os investimentos nos EUA em resposta aos pedidos de Trump para potencializar a produção doméstica.
Trump defendeu como um dos eixos de sua agenda econômica o nacionalismo e o protecionismo comercial, e ameaçou impor elevadas taxas sobre aquelas empresas que busquem instalar-se fora dos EUA para aproveitar-se de menores custos trabalhistas e tributários.
Precisamente, Krzanich ressaltou que a decisão de comunicar este investimento após a reunião com Trump "é realmente um respaldo às políticas impositivas e de regulação que vemos que o novo governo está impulsionando".