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Infraero: obras em aeroportos da Copa custarão R$ 5,4 bi

O diretor de engenharia da Infraero disse que, do total de investimentos previstos, 61% serão realizados pela própria empresa e 39% pela União

Em Guarulhos, 50% das obras definitivas do Terminal 3 deverão ser entregues até 2013 (.)

Em Guarulhos, 50% das obras definitivas do Terminal 3 deverão ser entregues até 2013 (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Rio - As melhorias previstas nos 16 aeroportos brasileiros vinculados às 12 cidades que vão sediar a Copa do Mundo vão absorver investimentos de R$ 5,4 bilhões até 2014, incluindo obras de infraestrutura e instalações de módulos temporários para aumentar a capacidade de trânsito de passageiros. O diretor de engenharia da Infraero, Jaime Parreira, disse hoje que, do total de investimentos previstos, 61% serão realizados pela própria empresa e 39% pela União, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Parreira explicou que os módulos que serão construídos em aeroportos, como o de Guarulhos, consistem em estruturas pré-fabricadas nos moldes da instalada no aeroporto de Florianópolis (SC). A vantagem desse tipo de construção, segundo ele, é a rapidez do empreendimento e o preço mais baixo. A estimativa é de que esse tipo de módulo, que pode consistir apenas em sala de espera de passageiros, mas também em terminais com check in, café e restaurantes, tenha custo de R$ 2,5 mil por metro quadrado. Por outro lado, uma infraestrutura definitiva tem custo de R$ 6 mil a R$ 7 mil por metro quadrado.

No que diz respeito especificamente a Guarulhos, Parreira disse que 50% das obras definitivas do Terminal 3 deverão ser entregues até 2013 e, até 2014, serão concluídos três módulos no local, que ampliarão a capacidade em 6,5 milhões de passageiros ao ano. Esses módulos terão investimentos totais de R$ 68 milhões. A durabilidade dessas estruturas é de 10 a 15 anos e, de acordo com o executivo, elas podem ser deslocadas para outros aeroportos, se necessário.

Segundo ele, as construções das obras definitivas e dos módulos nos aeroportos das cidades-sede da Copa visam não apenas a realização do evento esportivo, mas também o crescente aumento da demanda no setor aéreo. Parreira participou hoje da Cúpula União Europeia-América Latina de Aviação Civil, no Rio.

Parceiras

O presidente da TAM Linhas Aéreas, Líbano Barroso, disse que a empresa tem interesse em participar de parcerias público-privadas (PPP) para a realização de obras em aeroportos brasileiros. Segundo ele, "a orientação do grupo é que se houver oportunidade de parcerias desse tipo em aeroportos é de nosso interesse, para passageiros e carga", disse em entrevista, após participar da Cúpula União Europeia-América Latina de Aviação Civil.

Ele citou os Estados Unidos como exemplo de sucesso nesse tipo de parceria. Sobre os acordos no setor aéreo entre Brasil e União Europeia, anunciados hoje pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, Barroso disse não conhecer detalhes. Mas ele não acredita em um acirramento da competição para a empresa. "A competição já existe, não temos proteção ou subsídio, nosso negócio já é competir", afirmou.

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