Contratações no setor industrial quase dobrou no primeiro trimestre de 2011, em relação ao ano passado (Sean Gallup/Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2011 às 15h22.
São Paulo – A aproximação da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil está causando um impacto considerável nas contratações de executivos de média gerência. De acordo com um levantamento feito com base nos projetos da consultoria de recursos humanos Asap, o número de contratações no primeiro trimestre deste ano subiu 31% em relação ao mesmo período do ano passado.
A indústria foi o setor que mais puxou gente nova, representando 46% dos projetos da empresa. O número é alto, considerando-se o mesmo período de 2010, quando o setor representava 26% das novas posições. Esse aumento se deve à grande demanda por profissionais das áreas de infraestrutura, construção civil e indústria de base.
Nos próximos anos, a consultoria afirma que a tendência é haver uma procura ainda maior, por causa desses grandes eventos esportivos que o Brasil vai receber. As contratações dos setores de consumo e tecnologia também tiveram expansão no período, fechando o trimestre com participação de 19%, cada. No ano anterior, o volume representava 15% e 10% dos projetos da consultoria, respectivamente.
De acordo com a consultoria, esse aumento no segmento de consumo merece destaque, já que o maior poder de compra da população faz com que as empresas tenham mais coragem de investir em novos negócios e produtos e, consequentemente, em equipes maiores. Um exemplo disso é o crescimento da área de cosméticos no Brasil, que tem deixado de ser mero supérfluo para fazer parte das compras mais corriqueiras.
No setor de mercado financeiro, as contratações de executivos de média gerência ficaram em 17% no primeiro trimestre deste ano, pelo levantamento da Asap, número 3% menor do que no mesmo período de 2010. As empresas de fomento e os fundos de investimento em direitos creditórios representaram 10% das vagas preenchidas. Apesar da queda, esse setor também mostra sinais de aquecimento, de acordo com a consultoria, já que praticamente todas as contratações foram feitas para aumentar o quadro de funcionários e não substituir profissionais demitidos.