Negócios

Indústria de cinema vai se autodestruir, diz CEO da Netflix

Para Reed Hastings, setor de entretenimento funciona em uma má dinâmica, que o impede de ser mais competitivo no futuro


	Reed Hastings, CEO do Netflix: na opinião dele, setor de cinema tem uma má dinâmica
 (Steve Marcus/Reuters/Reuters)

Reed Hastings, CEO do Netflix: na opinião dele, setor de cinema tem uma má dinâmica (Steve Marcus/Reuters/Reuters)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 8 de outubro de 2016 às 09h01.

São Paulo – A indústria do cinema está estrangulando o próprio setor, enquanto tenta se proteger do futuro do mercado de entretenimento e o progresso (sem volta) do streaming.

Ao menos é nisso que acredita Reed Hastings, CEO da Netflix, segundo entrevista concedida por ele ao jornal The Wall Street Journal nesta semana.

Para ele, é absurdo que gigantes do negócio de cinema tenham se recusado a exibir filmes originais da Netflix nas mesmas datas de estreia das obras do serviço de streaming mais popular do mundo.

Com a mesma finalidade, a companhia fechou, então, um acordo recente com a companhia de teatro de luxo iPic Entertainment.

Por meio da parceria, dez filmes exclusivos da empresa serão exibidos ali, assim que estiverem disponíveis online em 2017 – uma parte pequena do que a Netflix promete lançar no próximo ano.

Apesar de boa para ambas as partes, a notícia deixa claro quão em desalinho estão os interesses – e relações – da companhia de streaming com a indústria de cinema.

Para Hastings, o não acordo mostra o quanto as grandes redes querem quebrar o oligopólio dos cinemas e streaming, mas não sabem como fazer isso, apesar da resistência a uma união com os rivais.

“Se eles conspiram para enfrentar os rivais, isso é anti-trust, mas se eles seguirem sozinhos, os filmes exibidos por ele estarão mortos”, disse ele. “É uma má dinâmica”.

Veja também: 

+ Quase tudo sobre a Netflix em pouco mais de um minuto

Acompanhe tudo sobre:ArteCinemaEmpresasEntretenimentoFilmesNetflixServiços

Mais de Negócios

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets