Negócios

Indra se posiciona em projeto para crescer na América Latina

Díaz afirmou que as vendas na América Latina estão crescendo a uma taxa de entre 25% e 30% por ano

Sede da Indra em Madri, na Epanha: a companhia espanhola está implantada na maioria dos países da região, com exceção de Bolívia e Paraguai (Divulgação)

Sede da Indra em Madri, na Epanha: a companhia espanhola está implantada na maioria dos países da região, com exceção de Bolívia e Paraguai (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 13h23.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2019 às 12h37.

Rio de Janeiro - A multinacional de tecnologia Indra quer desenvolver projetos estratégicos para continuar crescendo na América Latina, região onde sua expansão é mais rápida, afirmou nesta quinta-feira o diretor internacional da companhia espanhola, Emilio Díaz.

Díaz afirmou que as vendas na América Latina estão crescendo a uma taxa de entre 25% e 30% por ano, especialmente no Brasil, país onde fica a sede de sua direção internacional e que representa 40% do tamanho da companhia na região.

"O Brasil é hoje nosso maior cliente internacional e é um país muito completo porque nos permite desenvolver toda a capacidade da companhia, toda a diversidade de nossa oferta", disse Díaz em entrevista à Efe.

No final deste ano, as vendas da Indra para a América Latina representarão cerca de 30% do total de sua receita global e 55% da internacional.

O diretor afirmou que a Indra procura ganhar contratos que apresentem valor ao crescimento da América Latina, entre os quais citou o projeto de um novo documento de identidade com chip que vai ser implantado em todo o Brasil.

A Indra também avalia oferecer suas soluções tecnológicas nas licitações de grandes projetos de infraestruturas e da área de transportes, incluindo portos, tráfego aéreo e desenvolvimento de ferrovias que estão em projeto em vários países da região.

Díaz assinalou que a Indra está dando "ênfase" no mercado de energia, no qual já oferece soluções próprias para a maioria das distribuidoras do Brasil.


Além disso, disse que os países da América Latina vão fazer "grandes investimentos" para melhorar a saúde pública e privada, um dos segmentos mais importantes para a companhia junto com o de defesa, no qual também aspira a novos contratos.

No caso do Brasil, a Indra estuda aproveitar as oportunidades que surgirão com a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016 para se posicionar como um fornecedor de vigilância nos estádios e para implantar seus sistemas de atendimento a emergências nas cidades que serão sedes.

O executivo explicou que no Brasil, da mesma forma que em outros países em crescimento, a Indra tem como uma de suas maiores dificuldades a busca de pessoal capacitado, devido à alta demanda que existe no setor de tecnologia.

"Para o crescimento que queremos e esperamos no Brasil este é um de nossos grandes desafios", disse Díaz, afirmando que a Indra defende "deslocalizar" sua produção para cidades de tamanho médio do Brasil, fora do eixo Rio-São Paulo, onde também "há grandes talentos" e encontra menos concorrência de outras multinacionais.

A Indra conta no Brasil com escritórios em 14 cidades, com um total de 7.500 funcionários após a compra da Politec, empresa local que adquiriu em 2011 e que representou um "salto qualitativo" em sua presença no país.

A companhia espanhola está implantada na maioria dos países da região, com exceção de Bolívia e Paraguai, onde também realiza projetos, e prevê inaugurar seu primeiro escritório no Equador no início de 2013, o que lhe permitirá dar continuidade a projetos que já executa, como a renovação da tecnologia utilizada pela administração de Justiça.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaIndra

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'