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"Incertezas permanecem", diz Fitch sobre privatizar Eletrobras

A agência comenta que a conclusão do processo levará tempo à luz dos desafios e das discussões políticas envolvidas no processo de aprovação

Eletrobras: pela Fitch, o rating da Eletrobras em escala global e em moeda estrangeira é BB- (Nadia Sussman/Bloomberg)

Eletrobras: pela Fitch, o rating da Eletrobras em escala global e em moeda estrangeira é BB- (Nadia Sussman/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 19h55.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch afirmou que a intenção do governo de privatizar a Eletrobras não deverá ter impacto nos ratings da empresa no curto prazo, apesar de a agência acreditar que as iniciativas para vender ativos e melhorar a estrutura do grupo foram positivas.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 23, a Fitch comenta que a conclusão do processo levará tempo à luz dos desafios e das discussões políticas envolvidas no processo de aprovação.

De acordo com a agência, como o modelo de privatização ainda não foi definido, isso aumenta ainda mais a incerteza em relação ao processo.

Pela Fitch, o rating da Eletrobras em escala global e em moeda estrangeira é BB-, com perspectiva estável.

"Os principais impulsionadores da futura qualidade de crédito da Eletrobras são a sua capacidade de reduzir significativamente os custos e melhorar a eficiência, o perfil financeiro pós-privatização e a capacidade de fluxo de caixa operacional", diz a Fitch.

No comunicado, a agência ressalta que, neste momento, o perfil de crédito da estatal é beneficiado pela importância estratégica da companhia para o País "devido à sua posição proeminente no setor elétrico brasileiro, com significativa participação de mercado na geração e transmissão".

Os ratings da Eletrobras seriam menores, de acordo com a Fitch, devido à capacidade de geração de caixa operacional muito fraca e a altas despesas de capital.

A agência diz que continuará a monitorar os desenvolvimentos do processo de privatização, que dependem das aprovações regulatórias e do Congresso.

"Entretanto, qualquer enfraquecimento do apoio do governo federal poderia ter implicações negativas na nota", ressalta a Fitch.

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