TNG: marca entra com pedido de recuperação judicial (Fernanda Calfat/Getty Images)
A rede de loja de roupas TNG anunciou a entrada com um pedido de recuperação judicial na última sexta-feira, 21, como consequência direta dos impactos causados pela pandemia de covid-19 no setor. A dívida, conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo, é de cerca de 250 milhões de reais.
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Em comunicado, o presidente da companhia, Tito Bessa Jr., disse que o fechamento de lojas físicas durante as restrições de cirulação foram uma das principais motivações para a ação. "Tal medida visa nos proteger a fim de cumprirmos nosso plano a ser apresentado em até sessenta dias", afirmna. O processo está sendo assessorado pelo escritório de advocacia Moraes Jr. e pela consultoria Siegen e o plano final deverá ser apresentado em até dois meses.
A recuperação judicial da TNG é um reflexo claro dos impactos da pandemia no setor da moda, em especial às varejistas. Em resposta às restrições para o comércio físico, grandes marcas apostam na digitalização de seus canais de vendas, como no caso da Arezzo & Co, que lançou sua primeira plataforma de marketplace em novembro do ano passado. Há dois meses, a Renner também anunciou a compra da Dafiti, como um esforço para consolidar ainda mais a participação do e-commerce nas operações.
Com a TNG, porém, o destino não foi o mesmo. Apesar de intensificar as vendas por canais digitais, a empresa não foi capaz de driblar as oscilações do dólar, a demissão de funcionáros, o fechamento de 60 lojas e a queda na receita.
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