Petrobras: o Goldman Sachs manteve a recomendação de venda dos papéis da empresa (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de setembro de 2017 às 18h28.
Rio - Analistas do Goldman Sachs reviram para baixo as projeções financeiras da Petrobras nos exercícios de 2018 a 2021, devido à elevação das contribuições ao fundo de pensão da companhia, Petros, para ajudar reduzir o déficit bilionário da entidade.
De acordo com relatório elaborado por Bruno Pascon, Victor Hugo Menezes e Gabriel Francisco, o Free Cash Flow (FCF) da estatal cairá entre 3% e 5,2% das estimativas iniciais do banco para 2018 a 2021, levando em conta que as contribuições serão decrescentes.
Eles estimam que em 2018 a Petrobras irá contribuir com R$ 1,489 bilhão; R$ 1,358 bilhão em 2019; R$ 1,238 bilhão em 2020 e R$ 1,129 bilhão em 2021.
Para este ano, segundo apurou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), a previsão de pagamento ao fundo de pensão pela Petrobras será de cerca de R$ 800 milhões.
O FCF da estatal seria então de R$ 27,4 bilhões em 2018; R$ 30,5 bilhões em 2019; R$ 35,9 bilhões em 2020; e R$ 20 bilhões em 2021, prevê o banco.
O Goldman Sachs manteve a recomendação de venda dos papéis da empresa e ressaltou que os principais riscos para a ação incluem a apreciação do FX e potenciais consideráveis em preços domésticos dos combustíveis.
Na terça, o fundo de pensão Petros informou que vai equacionar o déficit de 2015, de R$ 22,6 bilhões, cabendo à Petrobras o pagamento de R$ 12,8 bilhões pela holding e R$ 900 milhões à BR Distribuidora. O pagamento será feito pelo período de 18 anos.