Imóveis em São Paulo (Germano Lüders/Exame)
Karin Salomão
Publicado em 21 de novembro de 2020 às 08h00.
O mercado imobiliário explodiu nos últimos meses, com novos lançamentos e demanda em alta - e essa força deve se manter na Black Friday. Segundo um estudo de intenção de compras encomendado pelo Google e realizado pela Provokers, a categoria de imóveis subiu 15% em importância na intenção dos brasileiros para a data em relação ao ano passado.
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De acordo com as buscas do Google, após uma queda de 3% entre março e abril deste ano - na comparação com o mesmo período do ano anterior - o volume de pesquisas sobre imóveis foi 34% maior em outubro de 2020 se comparado ao mesmo mês de 2019.
Também cresceram as buscas por as buscas por aluguel (+70%) e compra/venda (+73%). Esse índice é maior até mesmo que o volume registrado em janeiro, considerado o mês de maior sazonalidade para o segmento de imóveis e que, normalmente, registra 27% mais buscas que a média do ano.
O aumento é acompanhado de mudanças de prioridades dos consumidores em relação à casa durante a pandemia e taxas bastante competitivas de financiamento imobiliário nos últimos meses. De acordo com um estudo do Google, comprar um imóvel ou automóvel é o segundo maior motivo pelo qual o brasileiro investe (18%) e toma crédito (21%). Com a Selic mais baixa da história, dificuldade de ganhos expressivos em investimentos mais conservadores e o crédito barato, há um fomento para tomada de crédito.
Um outro estudo realizado pelo Google mostrou que a casa própria continua sendo o sonho do brasileiro, mas uma moradia que atenda a todas as necessidades virou prioridade. “Com o distanciamento social, a relação com a casa trouxe muitos novos significados e necessidades funcionais: passou a ser o local de trabalho, estudo, exercícios e contínua atenção”, diz Gustavo Souza, diretor de negócios para Serviços do Google Brasil.
Buscas por imóveis com churrasqueira cresceram 110% (quando comparado agosto de 2020 com o mesmo período de 2019), piscina, 93% e varanda 63%. Além disso, um espaço mais bem delimitado para o trabalho também passou a ser valorizado, com home office sendo considerado um diferencial na escolha de imóveis por 19% das pessoas, segundo estudo feito pelo Google.
Entre os principais motivos para a mudança estão: a casa não atende mais as necessidades, para 28%, realizar o sonho da casa própria, para 25%, e 22% sentem que não têm condições financeiras para continuar onde está. O crescimento da família é motivação para 15%, e para 15% alguém da família está mudando de emprego.