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Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

Atual negócio foi avaliado em US$ 2,7 bilhões

Gorny chegou aos EUA sem falar nada de inglês, mas conseguiu se destacar no setor de computação (Divulgação)

Gorny chegou aos EUA sem falar nada de inglês, mas conseguiu se destacar no setor de computação (Divulgação)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 22 de novembro de 2024 às 06h00.

Tomas Gorny é uma pessoa difícil de categorizar. Ele é um imigrante polonês que se mudou para os Estados Unidos sem absolutamente nada (e também não falava inglês), fundador de empresa de tecnologia, um empreendedor em série, um ex-jornalista e pai de cinco filhos. Mas tem milhões na conta.

Aos 49 anos, Gorny talvez possa ser melhor definido pela capacidade de ressurgir das cinzas. Seu primeiro grande sucesso veio pouco antes da virada do milênio, quando, depois de abandonar a faculdade, ele se mudou para Los Angeles para trabalhar em um negócio de hospedagem de sites, que foi vendido em 1998 por vários milhões de dólares, tornando-o um milionário, segundo informações da Fortune.

Gorny, então com 23 anos, deveria ter ficado "tranquilo" para o resto da vida. Mas o próximo empreendimento — um negócio de venda de anúncios na internet — fracassou junto aos seus demais primeiros investimentos. Então ele se viu de volta à estaca zero.

Mas a insistência de Gorny em fazer sucesso nos EUA — ele queria uma passagem só de ida para os EUA — significava que ele não se intimidava em recomeçar. Ele fundou a plataforma de hospedagem web IPOWER em outubro de 2001, que alguns anos depois seria vendida por quase US$ 1 bilhão.

Desde então, ele foi cofundador de mais três empresas de hospedagem na web, incluindo o negócio atual Nextiva, uma empresa de software de comunicação empresarial baseada em nuvem. Depois de receber um aporte de US$ 200 milhões do Goldman Sachs em 2021, a Nextiva foi avaliada recentemente em US$ 2,7 bilhões, dando a Gorny um patrimônio líquido de mais de US$ 1 bilhão. 

Há 23 anos, Gorny era um empreendedor em dificuldades que havia perdido quase todo a fortuna na bolha das pontocom. “Eu só queria ganhar US$ 5.000 por mês para sobreviver, pagar minha hipoteca”, diz Gorny, que não é um executivo ortodoxo: ele não trabalha aos sábados e se recusa a pagar por um café caro.

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