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iFood isenta comissão de restaurantes no Amapá e faz doação a entregadores

A empresa usará aplicativo de carteira digital para creditar o valor referente aos 22 dias de apagão no estado

iFood: empresa fará doação a entregadores e restaurantes (iFood/Divulgação)

iFood: empresa fará doação a entregadores e restaurantes (iFood/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 2 de dezembro de 2020 às 19h11.

Última atualização em 2 de dezembro de 2020 às 21h59.

Diante da crise de fornecimento de energia elétrica no Amapá no mês de novembro, o iFood optou por isentar a comissão de restaurantes e fazer uma doação a entregadores do estado.

A isenção da cobrança da taxa de comissão do iFood dos restaurantes vale para os pedidos feitos na categoria “Pra Retirar”, tipo de pedido é retirado pelo próprio consumidor, e também para pedidos com delivery.

Aos entregadores do estado brasileiro que faz divisa com o Suriname, o iFood doará o valor médio da renda gerada nos últimos três meses no aplicativo. O repasse solidário é chamado pela empresa de “SOS Amapá”. Também serão doadas pela empresa 2.250 cestas básicas aos entregadores.

“Os restaurantes contam com o delivery como um dos canais de vendas mais relevantes no atual momento. Por isso, estamos isentando as taxas temporariamente para que eles possam fazer suas vendas e recuperar-se. Por saber que houve a perda de insumos e outras situações que precisam de volume maior de capital rapidamente, também há uma solução financeira que permita aos restaurantes retomarem suas operações”, explica Luciana Vaz, diretora de soluções sustentáveis do iFood.

O reembolso do valor será creditado para os restaurantes no aplicativo gratuito “Conta Digital iFood”, que tem a solução de pagamentos Movile Pay (área do grupo Movile, que detém o iFood) como base. O mercado de carteiras digitais está aquecido mundialmente e as empresas de tecnologia buscam sua fatia, como também faz o aplicativo de transporte individual urbano 99, que lançou uma carteira digital com rendimento de 220% do CDI (cerca de três vezes a poupança).

De acordo com o relatório "Mobile Wallet Market by Type, Technology, End User and Industry Vertical", da consultoria americana ResearchAndMarkets, o setor teve faturamento global de 1 trilhão de dólares em 2019 e tem crescimento anual estimado 28,2% até 2027, quando atingirá 7,5 trilhões de dólares.

No Brasil, o apetite por esse tipo de serviço financeiro visa atrair não apenas os entusiastas de produtos digitais, mas também a população desbancarizada.

Segundo dados do Banco Central, 32 milhões de pessoas ainda não têm conta em banco, apesar de a pandemia ter acelerado a entrada dos brasileiros em serviços financeiros digitais, como o aplicativo Caixa Tem. 24 milhões, ou 40% dos brasileiros que receberam o auxílio emergencial em 2020 não tinham conta em banco. Agora, chegou a vez do iFood acelerar a adoção da sua carteira digital.

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