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Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2013 às 22h01.
Rio de Janeiro - A International Finance Corporation (IFC), unidade do Banco Mundial voltada para o setor privado, comprou uma fatia de quase 8 % na seguradora SulAmérica por 400 milhões de reais, em seu maior investimento em ações já feito no Brasil, de acordo com comunicado nesta quinta-feira.
A participação, que envolve um total de 26,45 milhões de units, foi adquirida do grupo financeiro holandês ING, que já vinha buscando reduzir sua fatia na seguradora.
Após o fechamento da operação, o IFC terá uma participação de 7,9 % na SulAmérica, ao passo que a ING terá sua fatia direta reduzida de 21,5 % para 13,6 %, de acordo com o documento.
Os investimentos do IFC no Brasil neste ano fiscal, que vai até junho, totalizavam 2 bilhões de dólares antes dessa operação, incluindo empréstimos sindicalizados, segundo a entidade.
Mais recentemente, no começo de maio, o IFC anunciou um investimento de 25 milhões de dólares na rede hoteleira Brazil Hospitality Group (BHG).
"Através da líder de mercado SulAmérica, este investimento é um reflexo do comprometimento do IFC para devotar recursos significantes para setores críticos ao desenvolvimento do Brasil", disse o CEO do IFC, Jin-Yong Cai.
O IFC terá o direito de indicar um membro para o Conselho de Administração da companhia. A operação deve ser concluída dentro de 60 dias, de acordo com um segundo documento enviado à CVM.
"Eles estão vendo na companhia um veículo para aproveitar oportunidades em um país em claro processo de desenvolvimento", disse à Reuters o vice-presidente de Relações com Investimentos da SulAmérica, Arthur Farme d'Amoed Neto.
O grupo holandês informou no fim de fevereiro o começo de uma aguardada redução de fatia na seguradora brasileira.
"A transação é parte do plano de reestruturação do ING Group para desinvestir em todas as suas operações de seguros e gerenciamento de investimentos", disse o documento.
O valor da aquisição pelo IFC ficou em linha com o preço da unit da SulAmérica no pregão desta quinta-feira, quando fechou cotada a 15,21 reais.
"Foi praticamente a (valor de) mercado. Um bloco desse ser negociado sem desconto é um sinal do potencial de valorização que o papel tem", disse d'Amoed Neto.