A nova companhia terá voos para todos os continentes (DIVULGAÇÃO)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2011 às 13h25.
Londres - O International Airlines Group, nascido da fusão das companhias aéreas British Airways e Iberia nesta sexta-feira, representa um novo peso pesado do setor aéreo europeu e mundial, oferecendo centenas de destinações em todos os continentes.
Segundo vários critérios, o Intertional Airlines Group (IAG) classifica-se entre as três maiores companhias aéreas europeias, ao lado dos grupos Air France-KLM e Lufthansa.
A companhia é a terceira maior europeia e sexta mundial em termos de volume de negócios anual, com cerca de 15 bilhões de euros, e deve ficar na segunda posição no ranking de cotação na Bolsa, alcançando a Lufthansa, cuja capitalização chegou a quase 12 bilhões de euros, e ultrapassando a Air France-KLM (cerca de 6,5 bilhões de euros).
No entanto, o grupo ainda está em lugar baixo no pódio, em termos de frequentação. Ano passado, a BA e a Iberia transportaram, no total, 55 milhões de pessoas, o que colocaria o IAG atrás da Lufthansa, Ryanair e Air Frace-KLM.
O novo grupo oferece mais de 200 destinações e sua frota conta com 419 aeronaves. Também emprega cerca de 58 mil pessoas e opera cerca de 1.700 voos por dia, a partir de suas duas plataformas principais: Londres-Heathrow e Madri-Barajas.
Essa fusão não traz consequências práticas para os passageiros. A BA e a Iberia continuam realizando seus voos com as próprias cores. Elas seguem membros da aliança comercial Oneworld, rival da SkyTeam e da Star Alliance, e vão manter a parceria estreita com a American Airlines para voos transatlânticos.
A criação do IAG ocorreu através de uma troca de ações, que deu aos acionistas da BA cerca de 55% de seu capital, contra 45% àqueles da Iberia. A fusão tem como principal objetivo permitir que as duas companhias economizem 400 milhões de euros por ano, após cinco anos.
O IAG é uma empresa de direito espanhol. Sua sede social fica em Madri, mas a direção operacional e financeira está instalada em Londres. O grupo ainda escolheu a Bolsa de Londres como local de cotação principal e a Bolsa de Madri como o secundário.
Os postos-chave foram repartidos entre britânicos e espanhóis. A direção-geral ficou com Willie Walsh, que dirigia a BA, e a presidência foi dada a Antonio Vazquez, ex-presidente da Iberia.