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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
A Hypermarcas fechou, nesta sexta-feira (5/3), a compra da Fraldas Sapeka. Sediada em Aparecida de Goiânia (GO), a nova controlada é a campeã de vendas nas regiões Norte e Nordeste. De acordo com fator relevante divulgado pela Hypermarcas, a operação envolverá o pagamento de 225 milhões de reais à vista. Outra parte será paga com a emissão de 6,785 milhões de ações. Pela cotação de fechamento das ações ordinárias da companhia nesta quinta-feira (4/3), o valor total do negócio alcança cerca de 367 milhões de reais.
Com a aquisição, a Hypermarcas torna-se a terceira maior fabricante de fraldas infantis sendo a maior brasileira a atuar no setor. Sua participação no mercado nacional deve ficar em 10%. Fundada por João Alves de Queiroz Filho, ex-dono da Arisco, a Hypermarcas iniciou sua incursão no segmento de produtos para o público infantil em 2009, com a compra da Hydrogen e da Pom-Pom. Com um portfólio de 4.000 produtos e mais de 170 marcas, a companhia cresceu rapidamente com uma estratégia de aquisições de concorrentes. Entre as marcas que detém, estão Assolan (palhas de aço), Etti (temperos prontos), Doril (analgésico) e Jontex (preservativos).
A Sapeka sustenta sua produção em duas fábricas uma no Centro-Oeste e outra no Nordeste. De acordo com o balanço não-auditado, no ano passado, a empresa faturou 267,8 milhões de reais e apresentou ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 45,3 milhões de reais. A Sapeka foi fundada por Victor Alvarenga e Marco Antonio Raimundo. As ações da Hypermarcas que os empresários receberão como parte do pagamento não poderão ser vendidas por um período de cinco anos. Os termos do acordo constam de um memorando de entendimentos assinado com a Hypermarcas.
A área de higiene pessoal na qual as fraldas são enquadradas é a que apresentou a maior taxa de crescimento entre os negócios da Hypermarcas, nos últimos anos. Entre 2005 e 2008, o faturamento dessa unidade passou de 15,4 bilhões de reais para 21,7 bilhões o equivalente a 13,5% de expansão anual. Os medicamentos vêm em segundo, com 11,3% de crescimento ao ano.