Cláudio Bergamo, diretor presidente da Hypermarcas (Germano Luders/Exame)
Daniela Barbosa
Publicado em 12 de março de 2012 às 12h55.
São Paulo – A desvalorização do real frente ao dólar no ano passado impactou negativamente os resultados da Hypermarcas, que em 2011, somou prejuízo de 54,7 milhões de reais. Um ano antes, a companha havia acumulado lucro de 261,9 milhões de reais.
As despesas financeiras vindas da variação cambial foram de 235,6 milhões de reais, no ano passado. “Apesar do efeito não recorrente em nosso caixa, atingimos nossos objetivos em 2011, pois reduzimos nosso endividamento e tivemos um fluxo de caixa excepcional”, afirmou Cláudio Bergamo, presidente da Hypermarcas, em teleconferência com analistas e investidores, nesta segunda-feira.
Segundo ele, a situação financeira da Hypermarcas é bastante confortável. Em 2011, o fluxo de caixa operacional da companhia somou 580,2 milhões de reais contra 67,5 milhões de reais um ano antes. “Esse resultado não inclui a venda dos negócios de higiene e limpeza, que somaram 445 milhões de reais. Com esse montante, nosso fluxo seria superior a 1,1 bilhão de reais”, disse o executivo.
Já o endividamento líquido da companhia fechou 2011 em 2,7 bilhões de reais. A dívida é de longo prazo e tem vencimento em 2021. No terceiro trimestre do ano, o endividamento da Hypermarcas era de 3,2 bilhões de reais.
Metas para 2012
Para o ano, a Hypermarcas planeja guidance de 850 milhões de reais de ebitda ajustado. No ano passado, a meta inicial era de 1 bilhão de reais, mas foi reduzida ao longo do ano pela companhia.
Em 2011, o ebtida totalizou 712 milhões de reais 3% a menos na comparação com o ano anterior, quando o ebitda somou 734,5 milhões de reais.
“Neste ano, vamos focar no crescimento orgânico da companhia, além de mantermos o foco em rentabilidade e geração de caixa, consolidar nossos processos, melhorar a distribuição nos pontos de vendas e fortalecer nossas equipes”, afirmou Bergamo.