A O2, filial britânica da Telefónica, vendida por US$ 15,4 bilhões para a Hutchison Whampoa (Suzanne Plunkett/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 17h18.
Madri/Hong Kong- A Li Ka-shing Hutchison Whampoa acertou a compra da unidade britânica da Telefónica O2 por até 10,25 bilhões de libras (15,4 bilhões de dólares), acelerando a consolidação do setor de telecomunicações da Grã-Bretanha.
A Hutchison já opera a rede Three Mobile na Grã-Bretanha, e a compra da vice-líder do setor O2, que tem cerca de 22 milhões de assinantes, vai torná-la a maior operadora móvel do país.
O movimento ocorre semanas após o ex-monopólio estatal BT entrar em negociações exclusivas com os donos da EE, maior operadora de telefonia móvel do Reino Unido, para criar um provedor dominante de telefones fixos e móveis e serviços de internet.
A BT optou pela EE em vez da O2. O negócio é também a aposta mais ousada até agora do homem mais rico da Ásia, Li Ka-shing, enquanto renova seu negócio europeu de telecomunicações.
Para a Telefónica, o acordo representa um passo fundamental na reorganização do seu negócio iniciado há dois anos e meio, na qual a empresa vem vendendo operações não essenciais para se concentrar nos maiores mercados de Espanha, Brasil e Alemanha.
A oferta da Hutchison avalia a O2 em cerca de 7,5 vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação), enquanto a compra planejada de 12,5 bilhões de libras da EE pela BT, é de cerca de 8 vezes Ebitda.