Espelho quebrado: a companhia admitiu durante o processo que sua loja na cidade de Bicester, no centro da Inglaterra, não cumpria a legislação de segurança britânica (Katherine Evans / Stock Xchng)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2015 às 15h05.
Última atualização em 13 de novembro de 2019 às 19h07.
Londres - Um tribunal no Reino Unido condenou nesta sexta-feira a grife Hugo Boss a pagar uma multa de 1,2 milhão de libras (US$ 1,8 milhões, ou quase R$ 7 milhões) pela morte de uma criança dentro de um provador atingida por um espelho que caiu em junho de 2013.
Austen Harrison, de quatro anos, morreu em consequência dos ferimentos causados pela queda do espelho de 120 quilos, com moldura de aço, que não estava preso à parede da loja, determinou a Corte da Corona de Oxford.
A companhia admitiu durante o processo que sua loja na cidade de Bicester, no centro da Inglaterra, não cumpria a legislação de segurança britânica.
O tribunal determinou que a empresa foi negligente ao deixar o espelho apoiado na parede "sem nenhum tipo de sujeição".
A criança, que estava brincando com o espelho, recebeu atendimento de emergência, mas morreu quatro dias depois no hospital.
O juiz Peter Ross afirmou em sua sentença que o risco que aquele espelho representava "deveria ter sido óbvio para qualquer um" e que era um "milagre" que não tivesse caído até aquele momento.
A Hugo Boss emitiu em seu site um comunicado para se desculpar por um acidente que "impactou e entristeceu" a empresa.
"Não há palavras que a companhia possa usar para aliviar de modo algum o enorme sofrimento causado aos pais de Austen. Oferecemos nosso mais sincero arrependimento e nossas desculpas", afirmou a grife.