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Oi desperta interesse de China Mobile e da AT&T

A Oi ficou mais atrativa a potenciais compradores com a aprovação do novo marco das teles pelo Congresso.

Logo da operadora de telefonia Oi em shopping em São Paulo, Brasil
14/11/2014
REUTERS/Nacho Doce (Agência Reuters/Reuters)

Logo da operadora de telefonia Oi em shopping em São Paulo, Brasil 14/11/2014 REUTERS/Nacho Doce (Agência Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de setembro de 2019 às 14h37.

Última atualização em 23 de setembro de 2019 às 14h52.

São Paulo - A disputa mundial entre EUA e China no 5G ganha um capítulo especial no Brasil. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que as gigantes China Mobile e a AT&T estariam monitorando de perto a situação da Oi, quarta maior tele brasileira, que está em recuperação judicial. As duas empresas negam publicamente o interesse.

A Oi ficou mais atrativa a potenciais compradores com a aprovação do novo marco das teles pelo Congresso. O texto, que ainda precisa ser sancionado pelo Planalto e regulamentado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), livra a tele de uma série de custos e obrigações que eram vinculados às antigas concessões de telefonia fixa da empresa.

A AT&T vem se aproximando do governo brasileiro também por outra razão. A empresa, que comprou a Warner Media, dona de canais como HBO e CNN, e precisa da autorização de órgãos reguladores para que possa atuar no Brasil - uma lei impede que uma tele detenha mais de 30% de uma produtora de conteúdo.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é o principal defensor da mudança legal. No fim de agosto, Bolsonaro recebeu o presidente da AT&T, Randall Stephenson, que teria prometido aumentar os investimentos da gigante americana no Brasil - sem, no entanto, detalhar seus planos.

As teles americanas e chinesas estão hoje fora do mercado brasileiro - liderado pela espanhola Telefônica Vivo, pela mexicana Claro e pela italiana TIM. Sob o ponto de vista empresarial, uma forma menos arriscada de entrar no mercado brasileiro seria justamente pela compra de uma empresa que já atua no País, como a Oi.

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