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HSBC negocia venda de fatia em seguradora chinesa

Banco está em negociações para vender a fatia de US$ 9,3 bilhões que detém na Ping An Insurance


	Venda vinha sendo amplamente aguardada como parte de um plano de recuperação de três anos criado no pior momento da crise financeira de 2008
 (Divulgação)

Venda vinha sendo amplamente aguardada como parte de um plano de recuperação de três anos criado no pior momento da crise financeira de 2008 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 09h42.

Hong Kong - O HSBC está em negociações para vender a fatia de 9,3 bilhões de dólares que detém na chinesa Ping An Insurance, avançando com o programa que visa à venda de partes não fundamentais de seus negócios, para elevar a rentabilidade.

O maior banco da Europa desembolsou 1,7 bilhão de dólares para atingir uma participação de 15,6 por cento na segunda maior seguradora da China em 2002 e 2005, mas a venda vinha sendo amplamente aguardada como parte de um plano de recuperação de três anos criado no pior momento da crise financeira de 2008.

Em comunicado nesta segunda-feira à Bolsa de Hong Kong, o banco confirmou estar em negociações para vender a fatia, ponderando que a venda pode não ocorrer.

O anúncio segue uma reportagem do Hong Kong Economic Journal, que apontou o empresário tailandês Dhanin Chearavanont, o homem mais rico da Tailândia, como um potencial comprador.

"Isso faz sentido para o HSBC porque tem vendido muitos ativos não essenciais", disse Ivan Li, analista do Maybank-Kim Eng, em Hong Kong. "A dúvida de todos será sobre a fatia do HSBC no Bank of Communications".

O HSBC detém 19,9 por cento do Bank of Communications (BoCom), quinto maior banco da China, no valor de 79 bilhões de dólares de Hong Kong (10,2 bilhões de dólares), segundo dados da Thomson Reuters.

O HSBC vai registrar um lucro antes de impostos recorde de até 6,5 bilhões de dólares se vender a fatia na Ping An, segundo estimativas de Jim Antos, analista da Mizuho Securities.

Isso ajudaria o banco a elevar seu capital Nível I para até 13,6 por cento, ante 13,1 por cento atualmente, embora a instituição tenha alertado sobre o tamanho do acordo.

"Não se pode vender se não encontrar um comprador, porque é impossível despejar tantas ações no mercado de uma só vez", disse Antos.

Uma venda teria que ser aprovada pelos reguladores dos setores de seguro e bancos da China, o que limita a lista de possíveis compradores, já que autoridades chinesas geralmente permitem que apenas grupos financeiros assumam fatias nas maiores seguradoras e bancos do país.

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