Logo do banco HSBC: nos dados vazados, foram encontradas contas secretas abertas nos nomes de 8.667 cidadãos brasileiros (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2015 às 17h00.
Brasília - O presidente do banco HSBC Brasil, André Guilherme Brandão, disse nesta terça-feira que o grupo britânico possui a política de colaborar com autoridades, mas que não tem acesso a informações detidas por subsidiárias do grupo em outros países.
As declarações do presidente do HSBC Brasil foram feitas durante uma esvaziada sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal, que investiga o envolvimento de brasileiros no escândalo que ficou conhecido como Swissleaks, sobre o vazamento de milhares de contas secretas em agência do HSBC em Genebra.
"O caso chamado de Swissleaks aconteceu na Suíça há quase 10 anos e, desde então, o grupo têm investido e trabalhado para prevenir crimes financeiros... Essa é uma fotografia antiga (do HSBC suíço)", disse Brandão.
Nos dados vazados, foram encontradas contas secretas abertas nos nomes de 8.667 cidadãos brasileiros, nas quais havia saldo de 7 bilhões de dólares.
Brandão afirmou que a revelação de dados de clientes brasileiros no exterior só poder requerida aos bancos dos países em questão e que a abertura de contas de brasileiros no exterior respeita as regras do Banco Central do Brasil.
"A aprovação de abertura de contas na Suíça é feita pelo HSBC Suíço... Não temos acesso a esses dados", declarou, acrescentando que o banco brasileiro apenas indica e classifica o risco dos clientes. Se houver suspeitas de irregularidades em relação a um cliente, disse Brandão, o banco brasileiro tem que procurar as autoridades competentes.
Em nota, o HSBC Brasil reforçou as declarações de Brandão à CPI e que "continuará cooperando com as autoridades sempre que requisitado".