Márcio Mello, presidente da HRT: despesas operacionais pesaram no balanço (Eduardo Monteiro/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2011 às 13h19.
São Paulo - A HRT divulgou seu primeiro balanço após abrir seu capital e ter suas ações listadas na Bovespa em outubro do ano passado. A petrolífera fechou 2010 com prejuízo líquido consolidado de 142,370 milhões de reais. Em 2009, suas perdas foram de 12,635 milhões de reais.
Dona de blocos na Bacia do Solimões (Amazonas) e na costa da Namíbia, a HRT pretende iniciar suas operações comerciais neste ano. O plano é produzir 100.000 barris de petróleo por dia em 2014. Por enquanto, a receita líquida gerada pela companhia foi de 15,593 milhões de reais no ano passado, ante 21,992 milhões em 2009.
Reflexo de uma empresa em fase de implantação, as despesas operacionais saltaram de 29,221 milhões de reais, no ano retrasado, para 140,160 milhões em 2010.
Caixa forte
Os recursos do IPO da HRT engrossaram suas disponibilidades financeiras. A empresa terminou dezembro com 20,850 milhões de reais em caixa, e 2,4 bilhões de reais aplicados em títulos e valores mobiliários. No ano retrasado, essas cifras eram de 3,789 milhões e 340,970 milhões, respectivamente.
Em meados de fevereiro, a HRT comprou a canadense UNX em uma transação que pode alcançar 1,3 bilhão de reais. No início de março, com base em um laudo da consultoria independente DeGolyer & MacNaughton (D&M), a UNX elevou suas reservas líquidas estimadas de petróleo e gás em 1,6 bilhão de barris de óleo equivalentes (boe). Com isso, suas reservas totais saltaram para 4,519 bilhões de boe.
Tratou-se de um reforço e tanto para a HRT. Para se ter uma ideia, em dezembro, a companhia divulgou que suas reservas certificadas eram de 2,073 bilhões de boe, com base em um relatório também da D&M.