Belo Horizonte - A Holcim Brasil anunciou hoje investimento de R$ 1,4 bilhão na expansão da fábrica de cimento que mantém em Barroso, no Campo das Vertentes de Minas Gerais. O projeto visa a ampliar a capacidade de produção da planta, atualmente de 1,2 milhão de toneladas, para 3,6 milhões de toneladas por ano. Segundo a direção da Holcim, o objetivo é aproveitar o ritmo de crescimento do mercado interno de construção que, na avaliação da empresa, deve durar pelo menos até 2015.

A assinatura do protocolo de investimento ocorreu hoje pelo governo do Estado e o presidente da Holcim Brasil, Otmar Huebscher. Segundo o executivo, a previsão é de que as obras de expansão comecem no início de 2012 e a unidade esteja com plena capacidade de operação em 2014. "A decisão de investir no Brasil tem o objetivo de atender o forte crescimento do mercado interno, que deve manter esse ritmo pelos próximos quatro anos", afirmou Huebscher.

O projeto de expansão prevê a construção de um novo forno para produção de clínquer, que é uma mistura aquecida de calcário e argila que dá origem ao cimento, a montagem de uma nova estrutura de moagem e a instalação de novos equipamentos. Durante as obras, o projeto deve gerar 2 mil empregos diretos. Quando entrar em operação, a unidade vai criar 100 novas vagas.

A fábrica em Barroso foi criada pela Companhia de Cimento Portland Paraíso, em 1955, e foi adquirida pela Holcim, em 1996. Segundo Huebscher, o objetivo de investir na nova linha de produção é sua localização. O local está a 208 quilômetros de Belo Horizonte, 286 quilômetros do Rio de Janeiro e 515 quilômetros de São Paulo. "A escolha por Barroso se deve à localização estratégica do município, que abriga uma das principais operações da Holcim no País", ressaltou o executivo.

Além da proximidade com grandes centros consumidores, o município também fica perto de Barbacena, onde há um terminal de distribuição, e de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, onde a empresa possui um depósito. Na unidade de Barroso, a Holcim produz os cimentos CPll-E-32, CPlll-32-RS e CPlll-40-RS destinados ao mercado varejista e empresas de concreto das três capitais. A nova linha de produção será construída ao lado da fábrica atual. O projeto prevê também a abertura de uma nova jazida de calcário para atender a produção.