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Ela largou o emprego na OpenAI. Hoje, aos 36, pode ter startup de US$ 2 bilhões

Mira Murati começou na gigante por trás do ChatGPT em 2018; agora, busca a maior rodada seed da história para a sua nova startup, a Thinking Machines Lab

Mira Murati, da Thinking Machines Lab: ela começou na OpenAI em 2018 e saiu seis anos depois no cargo de CTO

Mira Murati, da Thinking Machines Lab: ela começou na OpenAI em 2018 e saiu seis anos depois no cargo de CTO

Publicado em 10 de abril de 2025 às 14h03.

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Mira Murati, ex-diretora de tecnologia da OpenAI, está buscando levantar impressionantes US$ 2 bilhões para sua nova empresa de IA, a Thinking Machines Lab. O valor representa o dobro da meta inicial e pode se tornar o maior rodada seed da história.

A movimentação reforça um padrão recente: ex-líderes da OpenAI estão criando startups para competir diretamente com a empresa que ajudaram a construir. Outros casos incluem Ilya Sutskever, que fundou a Safe Superintelligence Inc., e os irmãos Dario e Daniela Amodei, criadores da Anthropic.

A Thinking Machines, que ainda não completou um ano, atraiu a atenção tanto pela experiência única de Murati quanto pela equipe formada com outros ex-executivos da OpenAI. Entre os recém-contratados estão Bob McGrew, ex-CRO da OpenAI, e Alec Radford, que também esteve envolvido no desenvolvimento de ChatGPT.

A nova rodada de captação está em andamento e, segundo fontes escutadas pelo Business Insider, a avaliação da startup pode ultrapassar os US$ 10 bilhões. No entanto, o valor exato não foi confirmado, uma vez que detalhes podem mudar até o fechamento do processo.

Por que ela saiu da OpenAI?

Murati, que ingressou na OpenAI em 2018, esteve no centro da turbulência que culminou na saída temporária de Sam Altman em novembro de 2023. Com o afastamento dele, foi nomeada CEO interina da empresa, mas rejeitou o cargo dois dias depois, optando por permanecer como CTO até sua saída definitiva, em setembro de 2024.

A relação entre Murati e Altman já mostrava sinais de desgaste antes da crise pública. Reportagens indicam que a executiva teria enviado um memorando privado ao conselho da OpenAI questionando a gestão de Altman, pouco antes da sua demissão temporária.

O que torna a Thinking Machines Lab diferente?

A startup de Murati já se posiciona de forma diferente ao prometer que suas tecnologias serão compartilhadas com pesquisadores e empresas, contrastando com o modelo mais fechado adotado pela OpenAI e outras big techs.

Ainda sem revelar se levantou investimentos, a empresa entra em um mercado cada vez mais competitivo, onde novas startups disputam talentos e capital para desafiar gigantes como OpenAI, Google e Microsoft.

Se a Thinking Machines Lab conseguirá se estabelecer como um novo player de peso na inteligência artificial ainda é incerto. Mas a entrada de Murati na disputa aumenta a fragmentação do setor e pressiona grandes empresas a acelerarem suas inovações.

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