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Hirota cresce com mercado que tem cafezinho e micro-ondas

Antes de lançar o formato Express, a companhia de origem japonesa passou três anos estudando o mercado e visitou concorrentes no Brasil, Europa e Japão

Corredores de Hirota Express (Hirota/Divulgação)

Corredores de Hirota Express (Hirota/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 10 de agosto de 2018 às 06h00.

Última atualização em 10 de agosto de 2018 às 07h43.

São Paulo – Um pequeno mercado concentra caixas eletrônicos 24 Horas, refeições prontas, micro-ondas para aquecer os alimentos e um espaço de cafezinho. Também é possível pagar boletos de contas no caixa e em uma unidade conceito será possível comer peixe fresco, preparado por um sushiman.

Criado para resolver os principais pontos do dia-a-dia, o Hirota Express foi lançado há um ano e meio e já conta com 18 unidades em São Paulo. Com a abertura do modelo, a empresa cresceu 12% de 2016 para 2017, com faturamento total de 420 milhões de reais.

O modelo Express é baseado no formato japonês kombini, diz Hélio Freddi Filho, diretor de marketing da rede Hirota e gerente geral do Hirota Food Express. Por lá, é incomum ter grandes centros de compras no meio da cidade, que ficam mais afastados. Para as compras do dia-a-dia, os japoneses usam pequenas lojas de conveniência, encontradas até em estações de metrô.

Já no Brasil, diz ele, a ideia é que as pequenas lojas Express sejam mais que um mercado e que sirvam para resolver a vida.  Na loja Morumbi, que será inaugurada em dezembro, haverá até um espaço Fresh Sushi, onde o cliente poderá escolher o seu peixe que o sushiman filetará na hora.

Antes de lançar o formato, a companhia passou três anos estudando o mercado e visitou concorrentes no Brasil, Europa e Japão.

A primeira unidade Express foi inaugurada em abril de 2016, na Av. Paulista. Hoje, já são 18 e até o fim do ano devem ser 25. O plano é ter 80 unidades Express até 2020 e 20 supermercados tradicionais.

Alimentos prontos

O principal chamativo do formato são os alimentos prontos e refrigerados, que correspondem a 50% do que é vendido em um Hirota Express. Já nas lojas modelo supermercado, as vendas dos pratos prontos refrigerados e a área do buffet a quilo corresponde a 12% do faturamento.

Grande parte dos pratos são de produção própria. Nas geladeiras, não há apenas sushis, temakis, uramakis e outras especialidades orientais, mas também bandejas com estrogonofe, feijoada, costelinha barbecue e espaguete, entre outras. São mais de 100 opções de pratos. O maior sucesso da empresa, inclusive, são as coxinhas de frango – mais de 30 mil unidades deixam as lojas por mês.

Para abastecer as lojas com alimentos fresquinhos, a empresa tem uma fábrica com 1.500 metros quadrados e 150 funcionários. Até o lançamento do formato Express, a central dava conta de produzir todos os alimentos prontos que eram vendidos nos supermercados.

No entanto, com a expansão do formato, ela precisará ser ampliada e deverá ir para 4 mil metros quadrados já no ano que vem, com investimento de 10 milhões de reais.

Por enquanto, todos os Hirota Express serão abertos apenas na cidade de São Paulo. Como os alimentos prontos têm um tempo de prateleira curto, o transporte para outras cidades ainda não é possível.

Mas, a partir de 2020, o objetivo é expandir para novas cidades, com lojas próprias ou franquias. O projeto de expansão contempla outras capitais depois da marca de 80 lojas Express e 20 supermercados, totalizando 100 lojas.

Além das refeições, outro ponto forte dos mercados são os produtos importados, responsáveis por 25% das vendas. A empresa também é uma das representantes da Daiso no Brasil. A marca japonesa tem um espaço dedicado nas lojas Hirota, com itens de casa e decoração.

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