Negócios

Hering terá semestre mais fraco depois da alta do algodão

Para a corretora Fator, empresa tem condições de driblar a barreira do elevado valor da matéria-prima

Fábrica da Hering em Blumenau, SC (Germano Lüders/EXAME)

Fábrica da Hering em Blumenau, SC (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 16h58.

São Paulo - Depois de um bom resultado ao longo de 2010, o desempenho da Hering deve desacelerar no primeiro semestre deste ano. A avaliação é da corretora Fator. Os analistas Renato Prado e Ronaldo Kasinsky afirmam, em relatório, que o alto preço do algodão pode segurar um maior crescimento da empresa.

“A empresa tem demonstrado capacidade de aumentar o preço médio de venda para compensar a pressão sobre a margem bruta, junto a probabilidade de adaptação da coleção, devido às perspectivas de preço do algodão”, afirmam os analistas. “O uso de tecidos de substituição e adaptação a quantidade de algodão usado em itens não podem ser descartadas.”

No final de fevereiro, os preços internacionais do algodão alcançaram recorde na Bolsa de Nova York, onde a matéria-prima é negociado. Pela primeira vez as cotações ultrapassaram os 200 centavos de dólar por libra-peso – chegando a 204,02 -- para o contrato com vencimento em março, numa alta de 3,55%. O motivo: pouca oferta e muita demanda.

Segundo a corretora, a alta nas vendas da Hering em 2010 se deu por causa da abertura de 44 novas lojas só no último trimestre do ano. Com isso, as vendas da empresa cresceram mais de 43% na comparação com 2009, totalizando quase 1 bilhão de reais.

Apesar da alta do algodão, a empresa até aumentou o número de lojas que serão abertas -- 71 unidades, contra as 60 previstas até 2012.

Além das inaugurações, a Hering quer ampliar as lojas já em funcionamento para oferecer uma variedade maior de produtos. Assim, a companhia aumentará seus preços para melhorar as margens de lucro. 

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