Jay Y. Lee: o tribunal de Seul ordenou sua detenção depois que a Promotoria apresentou provas adicionais sobre as acusações de suborno (Kim Hong-Ji/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 10h51.
Seul - O herdeiro do grupo Samsung, Lee Jae-yong, voltou neste domingo a negar a acusação de suborno e de outros delitos de que é acusado dentro de um esquema de corrupção, no segundo dia consecutivo de interrogatórios por parte da Promotoria da Coreia do Sul.
O presidente da maior multinacional do país foi detido na sexta-feira como suspeito de suborno e de outros crimes, que fazem parte do escândalo que causou a queda da presidente Park Geun-hye e que também atinge a cúpula das principais empresas sul-coreanas.
Os investigadores suspeitam que o diretor, de 48 anos, autorizou o apoio financeiro de Samsung a Choi Soon-sil, amiga íntima da presidente Park Geun-hye e apelidada de "Rasputina sul-coreana", em troca do sinal verde do governo em um acordo de fusão de duas de suas filiais.
O Tribunal do Distrito Central de Seul ordenou sua detenção depois que a Promotoria apresentou provas adicionais sobre as acusações de suborno, obstrução à justiça e violação da lei sobre a transferência de ativos no exterior, entre outros crimes.
Durante o segundo dia consecutivo de interrogatórios, Lee negou todas as alegações e afirmou que as quantidades que a Samsung pagou a organizações vinculadas a Choi foram realizadas sob pressão da presidente Park, assinalaram fontes do caso à agência sul-coreana Yonhap.
O empresário também destacou aos promotores que a Samsung não esperava receber nenhum favor em troca dessas contribuições.
Lee e outros responsáveis da Samsung admitiram previamente ter pagado 43 bilhões de wons (US$ 37 milhões) a entidades supostamente controladas pela "Rasputina".
Lee permanecerá detido enquanto a Promotoria inicia formalmente a acusação em um prazo de até 20 dias.