Jay Y. Lee: ele foi levado para o Centro de Detenção de Seul, onde aguardou a decisão do tribunal após uma audiência fechada (Koo Yoon-sung/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 20h48.
Última atualização em 16 de fevereiro de 2017 às 20h57.
Seul - O chefe do grupo Samsung, Jay Y. Lee, foi preso na sexta-feira (horário local), informou um tribunal sul-coreano, por seu suposto papel em um escândalo de corrupção que levou o Parlamento a acusar a presidente do país, Park Geun-hye.
O Tribunal do Distrito Central de Seul, contudo, rejeitou um pedido para emitir um mandado de prisão para o presidente da Samsung Electronics, Park Sang-jin, que também chefia a Federação Equestre da Coreia.
Lee, de 48 anos, foi levado para o Centro de Detenção de Seul, onde aguardou a decisão do tribunal após uma audiência fechada de um dia que terminou na noite de quinta-feira.
O mesmo tribunal rejeitou um pedido dos promotores no mês passado para prender Lee. Na terça-feira, o Ministério Público Especial pediu novamente a prisão de Lee por suborno e outras acusações.
A promotoria afirmou ter obtido provas adicionais e oferecido mais acusações contra Lee, líder da terceira geração do grupo, no último pedido de prisão. O pai de Lee, o patriarca do grupo Samsung Lee Kun-hee, ficou incapacitado por um ataque cardíaco em 2014.
"Reconhecemos a causa e a necessidade da prisão", disse o juiz em sua decisão, citando alegações adicionais e provas.
O grupo Samsung - maior fabricante de smartphones do mundo - informou que fará o seu melhor para garantir que a verdade seja revelada em futuros processos judiciais, após a prisão de Lee.
A promotoria concentrou suas investigações na relação do grupo Samsung com Park, que foi acusada em dezembro e foi destituída de seus poderes enquanto o Tribunal Constitucional decide se deve ou não sustentar seu impeachment.
Promotores acusaram a Samsung de pagar subornos no valor de 43 bilhões de wons (37,74 milhões de dólares) para organizações ligadas a uma amiga próxima de Park, Choi Soon-sil, para garantir o apoio do governo para a fusão de duas unidades da Samsung.