Latinhas da cerveja Heineken: a empresa atribui a má situação em seu maior mercado "à contínua incerteza econômica e às medidas governamentais de austeridade" (Sukree Sukplang/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2013 às 10h17.
Bruxelas - A cervejaria holandesa Heineken espera compensar neste ano a queda nas vendas que a crise econômica provoca na Europa com um maior crescimento nos mercados de África, América Latina e Ásia-Pacífico, conforme informou nesta sexta-feira em seu relatório anual de 2012.
O documento confirma que a empresa registrou um lucro líquido de 2,949 bilhões de euros no último ano, 106% a mais que em 2011, quando foi de 1,43 bilhão de euros, devido em grande parte à valorização de seus negócios na Ásia, segundo a companhia.
"Em 2013, a Heineken espera continuar o ritmo de crescimento em volume e lucro", disse a empresa no documento apresentado hoje, no qual afirma esperar que "as regiões de maior crescimento da África, América Latina e Ásia-Pacífico compensem o enfraquecimento do consumo na Europa".
A empresa holandesa atribui a má situação em seu maior mercado "à contínua incerteza econômica e às medidas governamentais de austeridade".
Segundo o comunicado, "o efeito do desemprego e das medidas de austeridade continuaram obstruindo a confiança dos consumidores e diminuindo a renda das famílias", o que pesou para a queda nas vendas na Europa.
A companhia também considera que não apenas a crise econômica dificulta sua atividade na Europa, como também o envelhecimento da população, que passa assim a consumir menos cerveja.