Coca-Cola: as ações da Coca-Cola Femsa caíam 2,69 por cento na bolsa mexicana, pressionando o principal índice de ações do México (Justin Sullivan/Getty Images)
Reuters
Publicado em 24 de julho de 2017 às 12h20.
Última atualização em 24 de julho de 2017 às 20h33.
Cidade do México - A mexicana Coca-Cola Femsa, a maior engarrafadora de Coca no mundo, anunciou nesta segunda-feira uma alta de 11,5 por cento no lucro líquido do segundo trimestre, beneficiada por receita maior e crescimento das operações na América do Sul.
A Coca-Cola Femsa disse ainda que a fabricante holandesa de cervejas Heineken, que detém participação na matriz Femsa, informou que encerraria a distribuição de produtos com engarrafadores da Coca-Cola no Brasil a partir de 31 de outubro.
As ações da Coca-Cola Femsa caíram 5,36 por cento na bolsa mexicana nesta segunda-feira, e foram o maior obstáculo para o principal índice de ações do México.
Ainda não está claro quando exatamente o contrato de distribuição com a Heineken será encerrado, disse o presidente-executivo da Coca-Cola Femsa.
A Heineken defende que o contrato pode ser encerrado com aviso prévio de seis meses. A Coca-Cola Femsa discorda. "Achamos que o contrato será encerrado em 2022", disse Travino.
A Heineken comprou as cervejas brasileiras da japonesa Kirin este ano. A holandesa usará as rotas de distribuição da Kirin Brasil para levar produtos da Heineken ao mercado da região, disse o porta-voz da empresa, John-Paul Schuirink.
A perda do contrato representa um golpe para a Coca-Cola Femsa, disse Antonio Montañez, analista da Vector Casa de Bolsa, que estima que a distribuição de cerveja representa cerca de 5 por cento da receita da empresa no Brasil.
A Coca-Cola Femsa teve lucro líquido de 2,232 bilhões de pesos (123 milhões de dólares) no segundo trimestre, ante 2 bilhões de pesos no mesmo período de 2016.
A receita trimestral cresceu 25,5 por cento na comparação anual, para 50,1 bilhões de pesos. O lucro por ação atingiu 1,07 peso, segundo a companhia.