Simandou é um dos maiores depósitos inexplorados de minério de ferro do mundo (Eny Miranda/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2013 às 17h24.
Londres- O projeto de mineração da Rio Tinto Simandou, na Guiné, não vai atingir sua meta de início produção em 2015, disse o ministro das Minas do país nesta quarta-feira, como os dois lados resolvendo questões, incluindo o financiamento da onerosa infra-estrutura.
Simandou é um dos maiores depósitos inexplorados de minério de ferro do mundo. O desenvolvimento do projeto --juntamente com a infraestrutura ferroviária e portuária-- pode custar 20 bilhões de dólares ou mais, e deverá estimular a região e transformar a Guiné em um grande exportador.
A Rio Tinto detém a concessão da porção sul de Simandou, enquanto a parcela do Norte é detida pelo braço de mineração do conglomerado do bilionário israelense Beny Steinmetz, BSG Resources --juntamente com a Vale. Os trabalhos na porção norte da mina foram interrompidos no ano passado, após o início de uma revisão da licença de exploração.
"Em 2011, a primeira data de produção que acordamos com a Rio foi 2015. Hoje, a realidade é que isso não poderá ser respeitado", disse o ministro das Minas, Mohamed Lamine Fofana, a um grupo de investidores em Londres, recusando-se a dar um novo prazo.
Ele disse que a Guiné está em "discussão aberta" com a Rio Tinto, tendo em conta a complexidade de Simandou. O progresso em Simandou desacelerou por conta de pressões dos investidores da mineradora, que querem uma redução nos custos e cortes de grandes projetos.
As duas partes se reunirão novamente na próxima semana, disse Fofana.