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Guerra à Netflix: Warner compra "The Big Bang Theory" para seu streaming

Série que narra a vida de jovens cientistas foi comprada por 500 milhões de dólares para o futuro streaming da Warner e da HBO

The Big Bang Theory: série era transmitida na emissora americana CBS (CBS/Facebook/Divulgação)

The Big Bang Theory: série era transmitida na emissora americana CBS (CBS/Facebook/Divulgação)

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Carolina Riveira

Publicado em 17 de setembro de 2019 às 15h47.

Última atualização em 17 de setembro de 2019 às 17h25.

A série The Big Bang Theory acaba de se tornar uma das séries mais caras da televisão. O programa foi comprado pela WarnerMedia por 500 milhões de dólares em cinco anos, segundo informou nesta terça-feira 17 o jornal britânico Financial Times, com base em pessoas próximas à negociação.

A série, que tem um grupo de amigos cientistas que vivem na Califórnia, fará parte do streaming HBOMax, o super catálogo que unirá produtos de Warner, HBO e outros nomes. As marcas estão sob o guarda-chuva da gigante de telecomunicações americana AT&T, que comprou a WarnerMedia no ano passado (a fusão ainda precisa ser aprovada por órgãos reguladores).

The Big Bang Theory estreou nos Estados Unidos em 2007 e terminou em maio deste ano, sendo uma das séries mais populares da última década. A série era transmitida, nos Estados Unidos, pela CBS, e distribuída pela Warner. No Brasil, os episódios eram transmitidos no canal da Warner.

A aquisição dos direitos das discussões de Sheldon e seus amigos vem em meio a uma guerra por conteúdo para serviços de streaming, território outrora dominado pela Netflix. A própria WarnerMedia anunciou neste ano os direitos de outro sucesso dos anos 2000, a série Friends, que até então estava disponível no streaming da Netflix.

A estreia do HBOMax está prevista para o começo de 2020. Ao lado de sucessos da HBO, como Game of Thrones e Chernobyl, e da Warner, como Harry Potter, estarão nomes de mais de dez produtoras de conteúdo sob o guarda-chuva da AT&T.

A Netflix é hoje a atual líder absoluta do mercado e com mais de 140 milhões de assinantes mundo afora, mas depende muito do conteúdo das concorrentes. Com a criação de novos serviços de streaming – e a retirada de conteúdo do seu catálogo – a disputa fica mais acirrada. Outra série que a Netflix perdeu recentemente foi The Office, que ficou com a NBCUniversal. dona da Universal Studios -- o grupo vai lançar em abril do ano que vem o streaming Peacock.

A briga pelo assinante e conteúdo é desproporcional. A AT&T, por exemplo, teve um faturamento de 170 bilhões de dólares no ano passado, enquanto a Netflix ganhou menos de um décimo do valor, 15,8 bilhões de dólares. Outros gigantes que vão lançar seus serviços próprios de streaming são a Disney, com o Disney+, e Apple, com o Apple TV+. A varejista Amazon também tem o Amazon Prime Video.

Será uma batalha dura para a Netflix. O conteúdo das concorrentes, como Disney e Warner, representa 40% de todo o tempo gasto pelos assinantes da Netflix na plataforma, segundo dados de um relatório produzido pela consultoria americana Nielsen para o jornal americano The Wall Street Journal.

Para convencer os milhões de assinantes a permanecerem, contudo, a Netflix vai apostar em seus sucessos próprios já consagrados como “House of Cards”, “Stranger Things” e “Orange is The New Black”, e na produção de novas séries e temporadas. A empresa também anunciou nesta semana que vai pagar 500 milhões de dólares em cinco anos pela série Seinfeld.

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