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Grupo Vamos faz o maior pedido da história da Volkswagen Caminhões

Ambição do Grupo Vamos é aumentar a participação dos caminhões alugados no país. Ao todo foram 1 350 caminhões Volkswagen adquiridos

Grupo Vamos (VAMO3)  (Volkswagen/ Vamos/Divulgação)

Grupo Vamos (VAMO3) (Volkswagen/ Vamos/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 17 de agosto de 2020 às 10h00.

Última atualização em 18 de agosto de 2020 às 14h31.

O Grupo Vamos, empresa de locação e concessionária de caminhões e ônibus seminovos da JSL, acaba de comprar 1 350 caminhões da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), o maior pedido da história da VWCO realizado por um único cliente.

O contrato abrange 20 diferentes modelos de veículos que serão entregues mensalmente até dezembro. A entrega programada permite que a Volkswagen Caminhões e Ônibus reative o segundo turno da fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, antes paralisado pela pandemia do novo coronavírus e, consequentemente, pela queda no setor.

"O Vamos, com a JSL, é um parceiro de décadas e temos alegria de fechar mais esse negócio. Estamos em 30 países e é uma raridade ver uma compra grande como essa, que fomenta mais o setor e estimula o aluguel de veículos pesados", diz Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus em entrevista exclusiva à EXAME. Atualmente, cerca de 60% da frota do Vamos com 14 mil veículos é composta por caminhos da VWCO.

Na pandemia, o aluguel de veículos se torna mais uma opção para quem precisa trabalhar e vê as vantagens no negócio. Segundo Gustavo Couto, presidente do Vamos, a economia média varia entre 20% a 30%. "Ao aumentar a frota geramos ainda mais alternativa aos clientes que querem expandir os negócios ao mesmo tempo em que reduzem custos. A pandemia obriga as empresas a fazer uma gestão ainda mais inteligente dos seus recursos", diz. No segundo trimestre do ano, o Vamos apresentou receita líquida recorde de 329,9 milhões de reais, uma alta de 9,6% quando comparado com o mesmo período de 2019.

Para a Volkswagen Caminhões e Ônibus, que tem mais de 50% de participação no mercado de locação, a compra ajuda muito os negócios, mas não resolve todo o problema. Mesmo com a volta de um turno em uma fábrica, a produção ainda é menor do que no início do ano. Em maio, a produção de caminhões no Brasil teve queda de 64%, com a fabricação de 4,1 mil unidades, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Mostrar ao mercado as vantagens de uma frota nova com um caminhões alugados é a ambição do Grupo Vamos. No Brasil os cerca de 2 milhões de caminhões em atividade têm um tempo de uso médio de 20 anos, enquanto os caminhões da Vamos têm em média 2,5 anos. "O caminhão novo permite melhor gestão, manutenção, menos parada e é mais sustentável. Se toda a frota brasileira fosse substituída, a redução das emissões de particulados por esses veículos seria de 95%", afirma Couto. Em 85% dos contratos do Vamos o cliente aluga caminhões por cinco anos.

Atualmente, a indústria projeta vendas de 65.000 veículos pesados neste ano, ante 110.000 unidades previstas no início do ano.

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