Negócios

Grupo Petrópolis estreia em isotônicos e mira exportações

Com o lançamento do isotônico Ironage, a dona da cerveja Itaipava amplia seu portfólio de não-alcoólicos, hoje liderado pelo TNT Energy Drink


	Bullet, energético de bolso do Grupo Petrópolis: novo produto, o isotônico Ironage, chega ao mercado em dezembro
 (Divulgação)

Bullet, energético de bolso do Grupo Petrópolis: novo produto, o isotônico Ironage, chega ao mercado em dezembro (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 15h23.

São Paulo - De olho em um segmento que cresce cerca de 13 por cento ao ano, o Grupo Petrópolis ingressou nesta quinta-feira na categoria de isotônicos, elevando a presença nacional da fabricante de bebidas, que já tem planos de internacionalização para 2013.

Com o lançamento do isotônico Ironage, a dona da cerveja Itaipava amplia seu portfólio de não-alcoólicos, hoje liderado pelo TNT Energy Drink, que já ocupa a vice-liderança do segmento de energéticos.

"Após avaliação da concorrência em mercados estratégicos e pesquisas com consumidores, buscamos atender a demanda que vinha sendo identificada com essa nova categoria", disse à Reuters o diretor de mercado do Grupo Petrópolis, Douglas Costa.

O produto, que começará a ser distribuído a consumidores no começo de dezembro, será vendido inicialmente apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, antes de ser oferecido nas demais praças onde a empresa opera.

"Em dois anos, esperamos ter 10 por cento do mercado de isotônicos nos mercados onde a Petrópolis atua", estimou Costa, considerando produção inicial do Ironage de 30 a 40 mil litros por mês.


O investimento é de 3 milhões de reais na primeira fase e deve alcançar até 7 milhões no próximo ano. Para a Petrópolis, o produto embute o desafio de consolidar a companhia como a maior fabricante de bebidas "totalmente nacional", segundo Costa. "Passamos a ser a maior se considerarmos o capital totalmente nacional", disse.

A liderança do setor de bebidas no Brasil é ocupada com folga pela Ambev, controlada pela belga AB InBev, maior cervejaria do mundo. Já a vice-liderança vem sendo disputada ponto a ponto entre Petrópolis e Schincariol, adquirida em novembro do ano passado pela cervejaria japonesa Kirin e que passou a se chamar Brasil Kirin neste mês.

A companhia já faz planos para transpor a fronteira do Brasil via exportações.

Segundo Costa, o grupo está se preparando para começar a exportar o energético TNT a partir de 2013 para Rússia e alguns países europeus.

"Hoje temos exportações esporádicas de cerveja para Austrália e Estados Unidos, mas é irrelevante", disse o executivo. "Para 2013 já iniciamos uma parceria maior... num primeiro momento vamos levar a marca para fora por exportações, depois, podemos ter algumas parcerias para produção lá fora".

O TNT está entre as principais estratégias da companhia. Também nesta quinta-feira, a marca de energético passa a ser patrocinadora oficial da Scuderia Ferrari de Fórmula 1, em um acordo com duração até 2016, mas com possibilidade de ser estendido até 2019.

Sem estimar o retorno que as exportações podem gerar, Costa disse que a empresa tem como objetivo dobrar a produção de TNT nos próximos dois anos, atualmente em cerca de 2,5 milhões de latas por mês. Do volume produzido, perto de 10 por cento será exportado.

Vice-liderança - O Grupo Petrópolis fechou setembro com participação de 11,23 por cento do mercado brasileiro de bebidas, ampliando a distância sobre a Brasil Kirin, que teve 10,1 por cento, de acordo com dados fornecidos por Costa.


"Estamos crescendo mês a mês... Devemos chegar a 12 por cento este ano e esperamos fechar 2013 com mais de 15 por cento", disse o executivo.

Em volume de vendas, a companhia prevê crescimento entre 20 e 25 por cento no próximo ano, movimento favorecido pela inauguração, em meados de 2013, da nova fábrica no Nordeste.

A empresa mantém a estimativa de quase dobrar a participação de mercado nos próximos dez anos, para cerca de 20 por cento.

Além de contribuir para o aumento da produção, a nova fábrica, localizada em Alagoinhas (BA), deve ajudar a Petrópolis a abocanhar uma fatia maior do mercado nordestino, onde a Brasil Kirin tem forte presença com a cerveja Nova Schin.

"Estamos chegando no Nordeste agora e vamos roubar um pouco do mercado (de cerveja) lá", assinalou Costa, acrescentando que a empresa estuda novas fábricas em regiões onde ainda não opera, como o Sul do país.

O grupo tem previsão de fechar este ano com 5 bilhões de reais em faturamento, aumento perto de 25 por cento ante 2011.

Acompanhe tudo sobre:Cervejaria PetrópolisComércio exteriorEmpresasExportações

Mais de Negócios

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets