Bruno Nóbrega, presidente da Ntsec: empresa nasceu em Brasília no ano de 2007
Repórter
Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 09h24.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2025 às 10h44.
A cada dia, ataques cibernéticos se tornam mais sofisticados e frequentes. Empresas de todos os tamanhos enfrentam o desafio de proteger seus sistemas, dados e redes contra ameaças digitais. No Brasil, uma companhia tem se destacado nesse mercado em rápido crescimento: o Grupo NTSEC.
Fundada em 2007 em Brasília, a empresa se especializou em segurança da informação, oferecendo consultoria, softwares e equipamentos para proteger dados e infraestrutura de organizações públicas e privadas.
“A venda é só o começo da relação com o cliente. Nosso diferencial sempre foi garantir que ele receba suporte completo e tenha segurança real, não apenas um software instalado”, diz Bruno Nóbrega, presidente da Ntsec.
O crescimento foi acelerado: o último ano registrou um faturamento de R$ 380 milhões. A receita líquida de 2023 chegou a R$ 180 milhões, um avanço de 100,56% em relação ao ano anterior. Com esse desempenho, a Ntsec conquistou o 5º lugar no ranking EXAME Negócios em Expansão 2024 na categoria de 150 a 300 milhões de reais.
Agora, a empresa busca consolidar sua liderança e já considera expandir as operações para o exterior. “A demanda por segurança digital só cresce. Nosso trabalho é garantir que nossos clientes tenham tranquilidade para focar no que realmente importa”, afirma Nóbrega.
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O brasiliense Bruno Nóbrega iniciou a carreira na tecnologia de forma pouco convencional. Antes de fundar a Ntsec, trabalhou montando computadores e deu seus primeiros passos no setor no Banco Mundial, onde percebeu uma oportunidade no mercado: muitas empresas vendiam tecnologia, mas poucas ofereciam um suporte eficiente na implementação e manutenção. Foi daí que surgiu a ideia de criar a Ntsec.
Os primeiros anos da empresa foram desafiadores. Sem um nome consolidado no mercado, Bruno acumulava funções: negociava contratos e, ao mesmo tempo, fazia as implementações. Em um dos primeiros grandes projetos, fechou um contrato para migração de antivírus em uma universidade e, ao chegar para a instalação, o cliente se surpreendeu: “Mas você não era o Bruno com quem eu negociei?”, perguntou a diretora. “Sim, sou eu mesmo”, respondeu o CEO.
Para crescer, a Ntsec precisou correr riscos. Quando começou a fechar grandes contratos, os distribuidores limitaram o crédito da empresa, exigindo garantias. A solução encontrada foi penhorar o próprio apartamento onde Bruno morava com a esposa e os filhos. “Assinei o documento e segui em frente. Não me arrependo de nada”, relembra.
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Hoje, a Ntsec é grupo e se consolidou como uma “butique de segurança da informação”, atuando como integradora de tecnologia. Isso significa que a empresa representa fabricantes globais e monta produtos personalizados para cada cliente.
Resumidamente, o grupo se divide em quatro frentes: Ntsec, com foco em cibersegurança; Infosec, com produtos para backup e criptografia; Zivasec, focada na proteção de redes, e Cloudsec, segurança para ambientes em nuvem.
A empresa atua com marcas líderes do mercado, como Check Point, Veritas/Cohesity, Aruba, Trend Micro, F5 e Lenovo, garantindo um portfólio robusto para atender desde órgãos públicos até grandes companhias privadas.
Com sete filiais pelo Brasil, a Ntsec vê espaço para continuar crescendo. O próximo passo pode ser a expansão internacional, mas ainda não há nada definido no papel.
O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses. Em 2024, a pesquisa avaliou as empresas brasileiras que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2023. A análise considerou os negócios com faturamento anual entre 2 milhões e 600 milhões de reais.
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