Oi: maior operadora brasileira vira alvo da Portugal Telecom
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2012 às 17h49.
São Paulo - Segundo apurou o site EXAME, o Grupo Jereissati, do empresário Carlos Jereissati -- irmão de Tasso, senador pelo PSDB (CE) --, é a única voz dissonante entre os acionistas da Oi sobre a entrada da Portugal Telecom (PT) na operadora brasileira. Procurado, o Grupo Jereissati não retornou o contato. Nem a Oi nem os outros acionistas comentam o assunto.
Recentemente, a Oi negou qualquer tipo de negociação com a PT, mas conversas entre executivos das empresas acontecem há cerca de um mês e devem, finalmente, ter um desfecho nas próximas semanas. Como é de praxe em negociações, falta chegar a um acordo sobre o preço. Ao final das conversas, espera-se que a Portugal Telecom se torne acionista minoritária da Oi. O Grupo Jereissati seria contra essa negociação, porque a entrada de um investidor estrangeiro diminuiria o poder do grupo num setor tão importante -- e estratégico politicamente -- como o de telecomunicações.
Para a entrada da PT na Oi, a portuguesa teria de vender sua participação na Vivo. Isso impulsionaria as cifras no caixa da Portugal Telecom, que possibilitaria uma diminuição das dívidas da Oi, além da distribuição de parte do valor da venda para os controladores. A Oi também se beneficiaria com lucros das operações da portuguesa em seu país de origem, onde detém a maior parte do mercado, e em regiões da África, onde sua participação vem crescendo.
O controle da Oi é exercido pela holding Telemar Participações. Já a direção é dividida entre sete acionistas: Grupo Jereissati (19,32%), AG Telecom, do grupo Andrade Gutierrez (19,32%), Fundação Atlântico (11,49%). BNDESpar (31,38%), Previ (12,94%), Funcef (2,7%) e Petros (2,7%).