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Grupo de Hong Kong inaugura terminal no Porto de Santos

Noble Group pretende utilizar o T12-A não apenas para escoar açúcar, mas também nas exportações de soja

O Noble Group investiu R$ 100 milhões na obra no Porto de Santos, que demorou 18 meses para ficar pronta (.)

O Noble Group investiu R$ 100 milhões na obra no Porto de Santos, que demorou 18 meses para ficar pronta (.)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 16h50.

Santos, SP - O Noble Group, trading global de suprimentos agrícolas e energia com sede em Hong Kong, inaugurou nesta sexta-feira seu primeiro terminal portuário no País, o terminal graneleiro 12-A, localizado na margem direita do Porto de Santos, no Paquetá, por onde a empresa pretende movimentar até 2,3 milhões de toneladas de granéis por ano.

Apesar da inauguração oficial hoje, o terminal iniciou a operação em julho e desde então já escoou mais de 600 mil toneladas de açúcar, que em alta no mercado internacional, foi a única commodity operada ali por enquanto.

Com capacidade para armazenar 90 mil toneladas estáticas, o armazém do T12 foi construído em uma área de 10 mil metros quadrados e pode operar até 3 mil toneladas por hora, permitindo que navios do tipo Panamax sejam carregados em menos de 48 horas. Já em relação ao recebimento da carga, desde o início da operação, 70% do açúcar escoado chegou a Santos através do modal ferroviário e 30% pelo modal rodoviário.

Mesmo sendo dono de duas usinas de cana-de-açúcar no noroeste paulista (nos municípios de Sebastianópolis do Sul e Meridiana), o Noble pretende utilizar o T12-A não apenas para escoar açúcar, mas também nas exportações de soja. Porém, os interesses da empresa no País vão além dessas duas commodities.

"Vamos construir uma área para soja aqui no Brasil, mas tudo que sai da terra, seja para comer ou para construção, nós temos interesse. Tem algodão também e temos muito interesse no minério de ferro", disse o chairman e fundador do Noble Group, o inglês Richard Elman, explicando que o grupo tem um projeto para minério de ferro na Bahia que deverá ser "o maior do mundo".

Segundo ele, com o açúcar e o etanol, o Brasil se enquadra nos dois principais focos da empresa no mundo "agricultura e energia. "O interesse é nas duas coisas, o etanol faz parte tanto do interesse da agricultura quanto da energia.

Nós temos cogeração nas usinas onde também produzimos energia, tudo está muito interligado", disse o executivo, afirmando que, no mundo, a empresa opera principalmente soja, açúcar, trigo, milho. "E também estamos no setor de óleo comestível. Estamos com uma plantação de óleo de palma na Indonésia, então todo o tipo de óleo vegetal", completou.

O Noble Group investiu R$ 100 milhões na obra, que demorou 18 meses para ficar pronta. O investimento foi possível através de uma parceria com o Grupo Itamaraty, detentor do contrato de arrendamento da área junto a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), e do qual o grupo internacional agora detém 75% de participação.

"Esse terminal mostra como a iniciativa privada está presente nos investimentos do Porto de Santos, que tem feito a sua parte no aumento da capacidade operacional do porto. A gente espera que os investimentos públicos e os privados possam alavancar ainda mais o Porto de Santos, tornando-o cada vez mais competitivo", disse o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário, Fabrizio Pierdomenico, que no evento representou o ministro dos Portos, Pedro Brito.

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