Negócios

Grupo Fleury investe em medicina preventiva

Conhecido pelos serviços de diagnósticos, rede de laboratórios agora diversifica a atuação

Grupo Fleury: a previsão de investimentos para 2010 é de 200 milhões de reais  (./Exame)

Grupo Fleury: a previsão de investimentos para 2010 é de 200 milhões de reais (./Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

São Paulo - O Grupo Fleury, conhecido como uma das maiores redes de laboratórios para diagnósticos clínicos do país, está diversificando sua atuação para crescer. Em foco, estão a medicina preventiva, a gestão de doenças crônicas e a promoção de saúde.

De acordo com o diretor executivo de Medicina Preventiva e Terapêutica do grupo, Omar Hauache, a primeira iniciativa da diversificação foi o serviço de check up, que ganhou corpo nos últimos cinco anos e serviu como incentivo para a criação de novos produtos. A empresa começou, então, a investir em serviços voltados à medicina preventiva, à prestação desse serviço a empresas e à gestão de doenças crônicas.

“O check up é uma vitrine muito grande pra gente, porque mostra para o executivo o grupo, tem uma característica estratégica”, diz Hauache. O serviço cresceu 28% no segundo trimestre, em relação ao mesmo período de 2009, em receita e volume de atendimentos.

Promoção de saúde

Outra área que vem crescendo é o de promoção de saúde em empresas. No segundo trimestre, a receita gerada por esse serviço aumentou 60% sobre igual intervalo do ano passado.

A unidade de promoção de saúde em empresas foi formatada há cerca de cinco anos, mas tem crescido de forma expressiva nos últimos dois, segundo o diretor. Entre os fatores que colaboram para isso estão o envelhecimento da população.

A medicina preventiva, por sua vez, não tem unidades específicas. O atendimento é prestado nas empresas, e mobiliza cerca de 150 funcionários do grupo. A área é promissora, uma vez que apenas 22% da população brasileira conta com cobertura de planos privados de saúde, segundo Hauache.

A empresa não apresenta o valor de investimentos segmentado por negócio, mas apenas de forma global (sem aquisições). Em 2009, os investimentos totalizaram 38 milhões de reais e, para 2010, o número previsto é de 200 milhões. A empresa realizou 24 aquisições desde 2002, e segue negociando com empresas do seu interesse. 
 


Doenças crônicas

A área de gestão de doenças crônicas é a que tem maior perspectiva de crescimento dentro do grupo. Inaugurada há um ano e meio em parceria com uma empresa dos Estados Unidos, atualmente o serviço só é oferecido em São Paulo.

O alvo são as empresas e operadoras de planos de saúde. O funcionamento é simples. A unidade monitora os pacientes quanto à adesão aos tratamentos indicados pelos médicos. Isso é feito por meio de telefonemas realizados por enfermeiras em um call center e também por visitas ao paciente.

Segundo o diretor, 10% da população possui doenças crônicas. E essa fatia sozinha é responsável por 50% dos custos para as operadoras de planos de saúde. “Temos 25.000 vidas contratadas nessa gestão, e isso está crescendo”, afirma Hauache. A área foi implantada no segundo semestre de 2008. O grupo, porém, ainda não tem resultados oficiais sobre a diminuição de uso dos planos de saúde.

Para o Fleury, uma tendência que deve se fortalecer são as operações em hospitais. Atualmente são dez clientes hospitalares que terceirizam serviços de análises clínicas e imagens. Hoje 10% da receita do grupo vem disso; em 2009, era em torno de 6,5%.

“O plano é que medicina preventiva, crônicos, check up e promoção de saúde cheguem perto de 8% de participação no faturamento do grupo, e as operações em hospitais devem chegar a 15%”, segundo o diretor. Atualmente, 85% da receita do Grupo Fleury vem da medicina diagnóstica feita nas 140 unidades de atendimento.

Leia mais sobre serviços de saúde

Acompanhe as notícias de Negócios no Twitter  


Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilSaúdeServiçosServiços de saúdeSetor de saúde

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia