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Grupo de credores da Oi questiona plano de reestruturação

O grupo acusou a Oi de relutar em compartilhar informações importantes, o que impede os credores de tomar uma posição sobre decisões

Oi: o grupo assessorado pela Moelis apresentou um plano alternativo para a reorganização da Oi em 16 de dezembro (Dado Galdieri/Bloomberg)

Oi: o grupo assessorado pela Moelis apresentou um plano alternativo para a reorganização da Oi em 16 de dezembro (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 16h23.

São Paulo - Um grupo de credores questionou o plano de recuperação judicial da Oi apresentado em setembro, afirmando que a reestruturação tem elementos abusivos e ilegais que favorecem os acionistas às custas dos detentores de bônus da empresa.

Em comunicado nesta terça-feira, o grupo acusou a Oi de relutar em compartilhar informações importantes, o que impede os credores de tomar uma posição sobre decisões como potenciais vendas de ativos.

O grupo assessorado pela Moelis apresentou um plano alternativo para a reorganização da Oi em 16 de dezembro.

Segundo a declaração, a Oi falhou em prestar informações sobre seu futuro a credores.

A Oi, que tenta reestruturar cerca 65,4 bilhões de reais em dívida após entrar em junho com o maior pedido de recuperação judicial no país, não comentou de imediato.

A objeção do grupo de credores "foca na natureza ilegal e abusiva do plano de 5 de setembro, particularmente o favorecimento inadequado de detentores do capital da empresa, em detrimento dos credores", diz trecho do documento.

A declaração do grupo pode reacender um racha entre credores e acionistas da quarta maior operadora do Brasil.

A Pharol, principal acionista da Oi, rejeitou um acordo antes do pedido de recuperação, dizendo o plano diluía demais a fatia dos acionistas se houvesse uma conversão de dívida em capital.

A tensão crescente entre credores e acionistas da Oi forçou o governo a ameaçar uma intervenção na empresa.

Em entrevista publicada na terça-feira, o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, disse que o governo está pronto para intervir na Oi se as negociações fracassarem.

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