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Grupo chinês Suning compra quase 70% da Inter de Milão

O Suning anunciou neste segunda-feira ter adquirido 68,55% do capital da equipe por aproximadamente 270 milhões de euros (306 milhões de dólares)


	Suning: a operação é a mais recente de uma série de grandes investimentos de empresas chinesas no futebol europeu
 (Aly Song / Reuters)

Suning: a operação é a mais recente de uma série de grandes investimentos de empresas chinesas no futebol europeu (Aly Song / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2016 às 15h29.

O grupo chinês de distribuição Suning assumiu o controle da Inter de Milão, um dos grandes clubes da Série A italiana, em uma espetacular demostração da forte aposta do gigante asiático no futebol.

O Suning anunciou neste segunda-feira ter adquirido 68,55% do capital da equipe por aproximadamente 270 milhões de euros (306 milhões de dólares).

A participação do empresário indonésio Erick Thohir, que havia comprado 70% do clube há três anos, será reduzida agora para aproximadamente 31%, embora a imprensa italiana afirme que a empresa chinesa quer adquirir sua totalidade.

O empresário da indústria italiana Massimo Moratti, presidente da Inter de 2006 a 2013 e filho de Angelo Moratti, que presidiu o clube de 1955 a 1968, cedeu 29,5% do capital que conservava e já não tem nenhum peso na instituição centenária.

A operação é a mais recente de uma série de grandes investimentos de empresas chinesas no futebol europeu, estimuladas pelo presidente chinês Xi Jinping, fã do esporte.

O outro grande clube milanês, AC Milan, nas mãos de Silvio Berlusconi por 30 anos, também negocia sua compra por investidores chineses.

O conglomerado chinês Recon comprou em maio o clube inglês de segunda divisão Aston Villa por 87 milhões de euros, segundo a imprensa britânica.

O grupo Wanda, do bilionário Wang Jianlin, adquiriu em 2015 20% do Atlético de Madri e se transformou em um dos principais patrocinadores da Fifa.

O fabricante chinês de brinquedos Rastar assumiu a maioria acionária do clube barcelonês RCD Espanyol, por cerca de 50 milhões de euros.

A operação que mais chamou atenção até agora foi a compra, em 2015, de 13% das ações do Manchester City, até esse momento em mãos do xeque Mansur, de Abu Dabi, por um consórcio de fundos chineses liderados pela China Media Capital, por aproximadamente 400 milhões de dólares (377 milhões de euros).

A compra da Inter é de outra dimensão, já que o Suning será proprietário do mítico clube, que vive um período difícil, atolado em dívidas e sob a lupa de especialistas do fair-play financeiro da Uefa.

Com Ramires e Leonardo?

A Inter, ganhadora 18 vezes do campeonato italiano e três vezes da Liga dos Campeões, enfrenta uma temporada sem títulos. O último foi em 2011. Sua última participação na Champions foi em 2011-2012.

Os novos donos prometem por fim à má fase.

Suning quer se transformar em um "apoio para que a Inter de Milão recupere seu esplendor", disse o presidente do grupo de distribuição de eletrônica e eletrodomésticos, Zhang Jindong, em coletiva de imprensa em Nanquim.

O Suning "proporcionará fundos" à Inter, "para comprar novos talentos", acrescentou.

O grupo chinês já é proprietário do Jiangsu Suning, da primeira divisão chinesa, que bateu duas vezes o recorde de transferência mais cara da Ásia.

O Jiangsu tem o passe dos brasileiros Ramires, ex-Chelsea, por 28 milhões de euros, e de Alex Teixeira, ex-jogador do Shakhtar do Donetsk, por € 50 milhões.

A imprensa italiana menciona a possibilidade de que os dois vistam na próxima temporada a camisa da Inter.

Também mencionam o retorno ao clube de seu ex-treinador brasileiro Leonardo como provável diretor esportivo.

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