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Grupo Bmart de lojas de brinquedos pede recuperação judicial

Presente em 28 shoppings em São Paulo e Minas Gerais, a dívida da varejista soma mais de 118 milhões de reais

Loja da BMart de brinquedos, que pediu recuperação judicial: dívida é de R$ 118 milhões (Divulgação/Facebook oficial)

Loja da BMart de brinquedos, que pediu recuperação judicial: dívida é de R$ 118 milhões (Divulgação/Facebook oficial)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 15h01.

São Paulo - O grupo Bmart, de lojas de brinquedos, entrou com um pedido de recuperação judicial.

O processo, encaminhado à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, detalha as dificuldades da empresa brasileira, como aumento de juros e concorrência.

De acordo com o documento, a dívida soma mais de 118 milhões de reais.

A Bmart, criada em 1995, começou no Shopping Center Norte, em São Paulo. Duas décadas depois, está em 28 shoppings em São Paulo e Minas Gerais.

O grupo é formado por 28 empresas diferentes de distribuição de brinquedos, todas operando no mesmo local. São 492 funcionários diretos e mais de 1.000 colaboradores indiretos.

Ele vende mais de 5.000 produtos entre brinquedos, roupas e produtos para alimentação infantil, de marcas como Mattel, Lego, Hasbro, Brinquedos Estrela, Grow e Candide, entre outros.

Segundo o Valor Econômico, o faturamento bruto é estimado pelo mercado em 150 milhões de reais.

Crise financeira

No processo, a empresa garante que sua crise financeira é passageira e que a recuperação iria ajudar a “superar a situação adversa que vem enfrentando e permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores”.

A varejista afirma que começou a ter problemas em 2013, quando as vendas no Natal, a data mais importante para o setor, diminuíram severamente. 

Entre os problemas que ela afirma enfrentar, estão o aumento dos impostos e dos juros, que prejudicaram o pagamento de dívidas, e escassez de crédito.

O grupo também se queixa da concorrência, que é “predatória e, muitas vezes, desleal”, além da briga com brinquedos pirateados.

“Os principais concorrentes se aproveitam das datas comemorativas para vender com baixas margens no intuito de trazer trafego para suas lojas”, escreve o processo, feito pelo escritório Nicola, Saragossa e Campos. 

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