A operadora Maggy Horvath afirma que deixou de escavar imediatamente depois de encontrar os ossos (Mark Ralston/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2012 às 16h46.
Toronto - Uma greve de trabalhadores que estão construindo a unidade de processamento de níquel da Vale no Canadá, a Long Harbour, chegou ao quinto dia nesta segunda-feira, com centenas de sindicalizados em protesto salarial se negando a entrar na fábrica.
Os grevistas estão reunidos na via que leva ao projeto em construção na província de Newfoundland e Labrador (Leste), ignorando os pedido do sindicato de volta ao trabalho, noticiou a imprensa canadense.
A Vale disse que metade dos empregados, ou cerca de mil pessoas, estava trabalhando na construção, avaliada em 3,6 bilhões de dólares.
A mineradora brasileira está construindo a usina de Long Harbour para processar o níquel que chegar do projeto de Voisey's Bay, em Labrador. A unidade deve começar a operar em 2013.
A greve começou no quinta-feira, quando cerca de 100 operadores de guindastes bloquearam a entrada para o terreno de obras.
Os operadores reclamam do salário, que dizem ser menor do que em outras regiões do Canadá, segundo a Canadian Broadcasting Corporation. Trabalhadores na Long Harbour são representados por vários sindicatos, e todos têm acordos coletivos.
A Vale conseguiu um mandado de segurança na semana passada para evitar que os trabalhadores fechassem a via que leva ao projeto. Não estava claro nesta segunda-feira se a greve vai atrasar o projeto.
"Este é um importante projeto para nós", disse o porta-voz da Vale Canadá, Cory McPhee. "Precisamos concluí-lo e este tipo de interrupção certamente não ajuda", acrescentou.