Protesto de funcionários da Alitalia, em fevereiro: aegundo a União Italiana de controladores e assistentes de voo (UNICA), mais de 90% dos trabalhadores aderiram ao protesto (Remo Casilli/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de março de 2017 às 17h16.
Roma - A Itália viveu nesta segunda-feira um dia de greve e paralisações em seus aeroportos, o que provocou o cancelamento de vários voos, mais de 200 só no caso da companhia aérea italiana Alitalia.
Por um lado, o sindicato autônomo "CUB Trasporti" convocou uma greve de 24 horas em todo o setor aéreo para protestar contra o modelo de baixo custo e contra os cortes na Alitalia, que planeja demitir mais de dois mil funcionários e reduzir seu orçamento em um bilhão de euros até 2021.
Além da greve geral, os principais sindicatos da Itália, CGIl, CISL, UIL e UGL, convocaram uma paralisação para os controladores de voo do ENAV (Ente Nacional de Aviação), que durou quatro horas.
Segundo a União Italiana de controladores e assistentes de voo (UNICA), mais de 90% dos trabalhadores aderiram este protesto.
Estas interrupções obrigaram centenas de cancelamentos: 170 voos nacionais e internacionais com origem ou destino a Roma foram cancelados. Já a Alitalia cancelou 40% dos voos programados para o dia (220).
Mas o caso da companhia aérea italiana não foi o único. As interrupções também afetaram a espanhola Iberia e a irlandesa Ryanair, que tiveram que suspender ou atrasas alguns de seus voos.
Milhares de passageiros sofreram durante o dia para viajar, com longas esperas nos aeroportos.
Embora as negociações entre as partes devam continuar nos próximos dias, representantes dos trabalhadores confirmaram uma nova paralisação no próximo 5 de abril em protesto contra o plano aprovado recentemente pela Alitalia.
A empresa, que há anos passa por problemas econômicos, chegou a estar à beira da falência em 2009, mas foi salva por um grupo de investidores privados italianos e pela Air France-KLM.