Presidente da Petrobras, Graça Foster: de acordo com Graça, produção já foi incluída na curva de óleo do Plano de Negócios e Gestão da empresa (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2013 às 19h49.
Rio de Janeiro – A Bacia Sergipe-Alagoas apresentou dados relevantes de acumulação de óleo próximo à costa. A informação foi confirmada hoje (27) pela presidente da Petrobras (PETR4), Graça Foster. De acordo com ela, não é possível ainda divulgar a quantidade, “mas tem bastante coisa”.
“A Petrobras é muito zelosa e não confirma nenhum número. O que a gente diz é que se trata, de fato, de uma nova província petrolífera na Bacia Sergipe-Alagoas, bem em frente a Sergipe. É uma atividade que a gente iniciou há muitos anos, em 2008 veio a decisão de fazer uma investigação bastante detalhada e os resultados que a gente tem tido são muito bons”.
De acordo com Graça, a produção já foi incluída na curva de óleo do Plano de Negócios e Gestão da empresa, com a previsão de entrada de 100 mil barris por dia em 2018, além de um volume de gás “relevante de fato”. Graça explica que em 2016 será iniciado um teste de longa duração no local.
“Tudo indica que esse projeto seja tratado como um projeto integrado, com duas áreas colocadas em produção integrada, que são Muriú e Farfan. É algo em que nós já estamos em uma fase além da expectativa, porque já entrou no plano de negócios e os dados que vieram confirmam que se trata de descobertas relevantes, mais próximas da costa, com variação de 50 a 100 quilômetros da costa, são acumulações diferenciadas. É uma bela descoberta”.
De acordo com a Petrobras, “a campanha de exploração em Sergipe apresentou 16 poços perfurados na área, sendo 13 portadores de hidrocarbonetos. Atualmente, as descobertas se encontram em fase de delimitação”.
Graça falou com a imprensa dentro das comemorações dos 60 anos da empresa e também abordou os projetos para as refinarias Premium 1 e 2 no Maranhão e no Ceará, que estão em fase de projeto para serem licitadas em março ou abril, a parceria com uma empresa chinesa para a Premium 1 e a construção da Abreu e Lima, em Pernambuco, que está com 80% pronto, e do Comperj, no Rio de Janeiro, com 60% concluído. Sobre o plano de eficiência, implantado há um ano, Graça disse que foi possível aumentar o refino em 196 mil barris por dia apenas com otimizações da produção.
Sobre os 60 anos de Petrobras, Graça disse que a empresa está atualmente em uma situação que ela nunca imaginou que seria alcançada. “Eu vejo a Petrobras hoje, com 60 anos, eu estou nela há mais de 30 anos, nunca imaginei que chegaríamos a ter esse portfólio tão grande, com tantas oportunidades claras, objetivas e materiais. Com esse orçamento que exige uma dedicação muito grande no que se refere a disciplina de capital”.
Graça informou que a empresa não vai precisar fazer novas captações no mercado este ano e que fechou o segundo trimestre com R$ 73 bilhões em caixa. A presidente da Petrobras informa que estão para entrar em operação nove novas plataformas, algumas antes do prazo previsto, como a P58 e a P62.