Consumidores fazendo compras em uma loja do Extra, do Grupo Pão de Açúcar (Marcos Issa/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2014 às 16h40.
São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar encerrou junho com 3 mil funcionários a menos que no primeiro trimestre, em uma estratégia de aumento de produtividade e que ocorreu com a decisão da companhia de acabar com operação de lojas 24 horas, além de sazonalidade.
O diretor financeiro da companhia, Christophe Hidalgo, disse em entrevista à Reuters nesta quinta-feira que a empresa está em "exercício contínuo de ganhos de produtividade", citando especialmente áreas administrativas e de serviços de suporte conhecidas como "back office" e os centros de distribuição.
Em junho, o Brasil registrou a pior abertura de vagas formais de trabalho para o mês desde 1998, em resultado que fez o governo federal reduzir de maneira expressiva a previsão de geração de empregos neste ano.
Maior empregador privado do país, o GPA informou em resultado divulgado na véspera que fechou o segundo trimestre com 154 mil funcionários, ante 157 mil no fim de março deste ano, números que incluem a Via Varejo.
A rede de móveis e eletrodomésticos, por sua vez, diminuiu o número de funcionários em tempo integral de 64.237 para 62.378 na mesma base de comparação.
A conta inclui os colaboradoras da Casas Bahia e Ponto Frio, além dos funcionários da fabricante de móveis Bartira e da empresa de relacionamento com o cliente Casas Bahia Contact Center.
"Quando fechamos março, estávamos preparados para entrar no forte período de Páscoa, que é um evento comercial importante", disse.
"Esta variação (no número de empregados do GPA) não está traduzindo nenhum tipo de tendência, mas sim uma fotografia tomada em um momento diferente de sazonalidade", completou o executivo.
No fim de abril, o GPA acabou com o funcionamento 24 horas de suas lojas, baseado em estudos de comportamento dos consumidores que apontaram baixa adesão às compras durante a madrugada.
O grupo tinha 55 lojas 24 horas das bandeiras Extra e Pão de Açúcar.
Segundo Hidalgo, o GPA continua apostando em um crescimento expressivo de seus negócios, seja pela abertura de lojas, seja por crescimento orgânico, o que deverá resultar no aumento do número de funcionários da empresa até o fim do ano.
"Não está fixado um número, mas cada loja mobiliza segundo o formato um número significativo de profissionais ... então podemos imaginar que (esse número) vai seguir aumentando", afirmou.
No fim de 2013, o GPA indicou expectativa de abrir 645 lojas até 2016, média de 215 unidades por ano. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, a empresa abriu 116 novas lojas.