Floresta Amazônica (Leo Correa/Glow Media/AP)
Marina Filippe
Publicado em 4 de novembro de 2021 às 14h55.
Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 12h28.
*De Glasgow, na Escócia
O movimento Governadores pelo Clima lançou, na COP26, o Consórcio Brasil Verde. A iniciativa contou com a participação dos governadores Renato Casagrande (ES), presidente do consórcio, Eduardo Leite (RS), e Mauro Mendes (MT). A governadora Fátima Bezerra (RN) participou virtualmente.
Na prática, a iniciativa busca dar autonomia para os governos, de modo a receber recursos do exterior para a Amazônia, se deslocando das ações federais.
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“Isto foi organizado devido à importância do tema mudança climática. A mobilização que foi feita para participar da COP26 é um exemplo disso. E a segunda razão é a de ocuparmos um espaço devido ao afastamento do governo federal. Não podemos substituir nas negociações que são feitas pelos Poderes, mas compensamos, em parte", disse Casagrande.
Até o momento, 22 governadores aderiram ao consórcio, e a expectativa é de que todos os 27 participem. A partir do lançamento, a prioridade é que os Estados elaborem planos de neutralidade de carbono, com apoio de entidades.
“A partir da formalização desse consórcio, teremos mais respaldo do ponto de vista técnico para que possamos financiar as ações que se fizerem necessárias e prioritárias dentro dessa política de enfrentamento às mudanças climáticas”, disse o governador Eduardo Leite.
Relações com os Estados Unidos
Após o evento, os governadores Leite, Casagrande e Mendes se reuniram com o secretário adjunto especial pelo Clima dos Estados Unidos, Jonathan Pershing, que reforçou o interesse dos Estados Unidos em contribuir.
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.
Uma das principais tarefas da COP é revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados por todos os países membros e, com base nessas informações, avaliar os progressos feitos e as medidas a serem tomadas.
Para além disto, líderes empresariais, sociedade civil e mais, se unem para discutir suas participações no tema. Neste cenário, a EXAME atua como parceira oficial da Rede Brasil do Pacto Global, da Organização das Nações Unidas.