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Goldman Sachs reconhece ligação com ditadura líbia

Banco usou pequenos presentes e viagens para obter favores do fundo soberano líbio sob a ditadura de Khadafi, segundo o Financial Times


	Goldman Sachs:banco admite que funcionários do fundo líbio "visitaram o Marrocos com o ex-vice-presidente do Goldman Yusef Kabbak"
 (Chris Hondros/Getty Images)

Goldman Sachs:banco admite que funcionários do fundo líbio "visitaram o Marrocos com o ex-vice-presidente do Goldman Yusef Kabbak" (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2014 às 15h47.

O banco Goldman Sachs reconheceu em documentos da Justiça ter usado pequenos presentes e viagens para obter favores do fundo soberano líbio sob a ditadura de Muamar Khadafi, publicou neste sábado o "Financial Times".

A revelação é feita por conta de uma queixa apresentada em janeiro, em Londres, pelo fundo líbio contra o Goldman, quem acusa de "ter se aproveitado deliberadamente" da falta de experiência de seus diretores para embolsar 350 milhões de dólares de lucro sobre uma transação de 1 bilhão.

O fundo acusa o banco de investimentos americano de ter "ganhado a confiança" de dois de seus funcionários lhes oferecendo presentes e viagens.

Segundo documentos citados pelo jornal, o banco admite que funcionários do fundo líbio "visitaram o Marrocos com o ex-vice-presidente do Goldman Yusef Kabbak". Mas assinala que "o fundo soberano líbio tinha conhecimento e aceitou as condições de hospedagem e lazer".

Segundo a legislação em vigor nos Estados Unidos, as empresas americanas não estão autorizadas a oferecer dinheiro ou objetos de valor a autoridades estrangeiras para obter contratos.

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