Goldman Sachs: banco busca alienar a parte mais controversa de seu negócio de commodities (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2014 às 12h14.
Nova York - O Goldman Sachs iniciou um processo formal de venda do seu negócio de armazenagem de metais comprado há quatro anos, disse um porta-voz, divulgando o primeiro esforço definitivo do banco para abrir mão da operação em meio a pressões regulatórias e políticas.
O Goldman, um dos poucos grandes bancos globais a não se retirar do mercado de commodities nos últimos meses, decidiu explorar a venda após receber o interesse de potenciais compradores, disse o porta-voz em um e-mail à Reuters.
O banco busca alienar a parte mais controversa de seu negócio de commodities, mas não há nenhum sinal de que esteja se afastando da franquia J Aron que comprou há três décadas e transformou em uma das maiores negociadoras de commodities de Wall Street.
O banco contatou possíveis interessados acerca da compra do Metro International Trade Services na segunda-feira, afirmou uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters na véspera. Uma segunda fonte disse que o banco havia abordado sua companhia informalmente sobre uma potencial venda.
As discussões sugerem que o Goldman está fazendo um esforço claro para seguir em frente depois de um ano de negociações sobre o destino do Metro, fonte de recursos para o banco em meio ao aumento dos estoques globais de metais, mas um negócio que mais recentemente tem se tornado foco de processos, escrutínio regulatório e indignação pública.
A identidade e o número de possíveis interessados no Metro não são conhecidos, mas uma das fontes disse que eles incluem outros bancos, comerciantes e empresas de armazenagem dentro e fora dos Estados Unidos. O Goldman comprou o Metro por cerca de 550 milhões de dólares há quatro anos.
"Eles têm pessoas das quais estão se aproximando. Eles nunca tinham saído e se aproximado de ninguém antes", disse a fonte, acrescentando que as abordagens foram feitas na segunda-feira.
Aumento da regulação e intenso escrutínio político estão transformando o cenário de commodities físicas dos Estados Unidos, forçando alguns bancos de Wall Street a recuar da lucrativa negociação de bens que vão de óleo a cobre, passando por grãos.
O JPMorgan Chase & Co e o Morgan Stanley estão se desfazendo de parte ou de todo seu negócio de commodities físicas. "O Metro não é estratégico para nossas atividades de clientes e a empresa concluiu que este é o momento certo para explorar uma venda dado o recente interesse dos potenciais compradores", disse o porta-voz do banco.