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Gol terá foco nos custos em 2011

Para reduzir os custos empresa vai contar com as receitas auxiliares

Avião da Gol: empresa conseguiu crescimento de 41,2 por cento (Divulgação/Gol)

Avião da Gol: empresa conseguiu crescimento de 41,2 por cento (Divulgação/Gol)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 12h19.

São Paulo - Entre os objetivos traçados pela Gol para 2011 destaca-se a ampliação da vantagem de custos. A gol mantém-se como a principal empresa de baixo custo e baixa tarifa da América Latina. Seu custo por assento/quilômetro é cerca de 30% menor que seus pares da América latina. “Temos que ter uma empresa sólida, que crie demanda, focada em custo e que gere receita auxiliar”, disse Leonardo Pereira, vice-presidente executivo financeiro e CFO.

A empresa calcula que a população brasileira possui 17 milhões de passageiros aéreos ativos – sendo que 128 milhões de pessoas podem pagar para voar. A Gol alcança hoje cerca de 20 milhões de pessoas e vê potencial para atingir até 130 milhões de passageiros. A classe média representa 47% desses 20 milhões. “Todo mundo quer ser de baixo custo, mas empresa de baixo custo é a que nasce assim e continua a manter esse valor quando ela cresce”, disse o CFO.

As iniciativas para 2011 incluem o menor consumo de combustível – em 2010 inclusive, a empresa devolveu o modelo 737-300, que consome mais combustível. “Uma coisa só não resolve, é uma combinação”, disse o CFO. Essa combinação inclui iniciativas para proporcionar maior eficiência nos vôos, como o GPS Landing System e um sistema de acompanhamento de manutenção online. Nesse ano, entrou em funcionamento o centro de serviços compartilhados e foi feito um orçamento base zero. “A gente fez um regimezinho, tem sempre crescimento e gastos novos, temos que olhar os gastos a controlar”.

Outros objetivos para o próximo ano são procurar novos destinos e mais freqüências, expandir o Smiles, o VoeFácil e as receitas auxiliares. “A estratégia da gol tem que ser uma estratégia simples. Não vai existir milagre nos próximos anos”, disse o CFO.

Receitas auxiliares

Para as receitas auxiliares, a Gol destaca os serviços adicionais, como a venda a bordo e o entretenimento a bordo. Esse último serviço será uma espécie de intranet no avião - ele já está sendo testado em alguns voos da ponte aérea e seu início está previsto para o primeiro semestre de 2011. Outra contribuição às receitas auxiliares vem da GolLog. A receita de cargas e outras receitas representam 11% do total da receita operacional - há quatro anos era de 6% e a expectativa da empresa é que chegue a 14% nos próximos quatro anos. A GolLog entregou 78 mil toneladas em 2010. Em 2009 foram entregues 60 mil toneladas.

Oferta

“Vocês não vão ver da gente aventura em termos de oferta”, disse o CFO. No próximo ano a empresa vai receber quatro novas aeronaves (algumas podem ser usadas para substituição de antigas). “A gente já aprendeu que é fácil trazer avião mas é mais complicado retornar avião”, disse o CFO. A taxa de utilização atual é de 12,7 horas e há potencial para passar atingir cerca de 14 horas por dia, apesar de isso não ser um plano para o próximo ano.


Os executivos da empresa mostram-se otimistas com os recentes anúncios do governo de ampliação de aeroportos – entre eles, o plano de ampliação de passageiros em Guarulhos (SP) dos atuais 20,5 milhões de passageiros por ano para 35,0 milhões de passageiros por ano.

Em um setor que acusa falta de profissionais, a empresa seguirá seu investimento no treinamento e capacitação de seus profissionais, através do Instituto Gol. Desde agosto de 2010 é feito o treinamento de cerca de 40 pilotos por mês.

Resultados

A receita operacional foi de 6,7 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2010. O custo operacional foi de 6,1 bilhões de reais no mesmo período. A empresa possui 26% das receitas em caixa. “Estamos desalavancando a empresa, a dívida bruta ajustada chegou a 5,6 vezes e queremos abaixo de 5 vezes”, disse o CFO. “Temos que continuar a diminuição porque a indústria está se desalavancando”, disse o CFO.

A empresa não está satisfeita com seu ebit, "queremos margens mais próximas de 15% de ebit e isso provavelmente não vai acontecer em 2011", disse o CFO. A previsão é que a margem do próximo ano seja maior que a margem ebit desse ano (que foi de 8,3%), mas ainda inferior a 15%. A Gol ainda não fechou seu guidance para 2011. “Se tivermos que optar entre market share e margem, é margem”, disse o CFO.

A Gol tem mantido acordo tanto com empresas do OneWorld como do Sky Team, execto com a StarAlliance pela sua parceria com a TAM. “Independente da aliança escolhida pela Latam continuaremos com outras duas disponíveis”, disse Constantino. A Gol possui 112 aeronaves, e realiza cerca de 900 voos por dia útil

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